Ampliação das esperanças humanas
Quando a criança faz uma pergunta sobre assunto que não
compreende, o que fazem os adultos? Procuram explicar o
essencial, o que lhe possa ser inteligível, usando
linguagem própria para a sua idade e imagens do seu
cotidiano, de maneira que possa entender mais facilmente
com a ajuda “pedagógica” das coisas com as quais está
acostumada.
Jesus fez o mesmo com os homens do seu tempo, que viviam
a infância em relação ao entendimento das questões do
Espírito.
O que ele pôde dizer o fez usando alegorias, criando
imagens materiais (com moeda, bois, árvores, sementes),
deixando para o futuro a compreensão daquilo que só o
tempo e o progresso do pensamento tornariam possíveis.
Mesmo tendo que dosar as informações que fornecia, Jesus
tratou dos principais assuntos do interesse humano sob a
ótica espiritual e não deixou de associá-los ao
princípio do amor a Deus e ao próximo, princípio este
com que iniciou um processo de mudança de mentalidade e
dos padrões de comportamento que, até ali, não abrigavam
sentimentos muito espiritualizados.
Fez uma promessa convicta aos seus irmãos da Terra,
ciente dos caminhos que seguiriam e das suas
necessidades futuras: “Rogarei ao Pai e Ele vos dará
outro consolador”, “o Espírito de Verdade vos ensinará
todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos
tenho dito”.
Jesus sabia que o homem do futuro, mais adiantado,
precisaria de ensinos complementares.
Antevendo os desvios a que os homens se entregariam em
nome dos próprios interesses, acenou com a vinda do
Consolador que lhes abriria os olhos e os ouvidos: o
Espiritismo. A partir do seu estabelecimento na Terra,
deixaram de existir os mistérios e o sobrenatural foi
explicado racionalmente. Com sua clareza e naturalidade,
o Espiritismo revitalizou e recompôs o ensino original
de Jesus. O Espírito de Verdade presidiu a chegada da
nova doutrina com a divisa que lhe sintetizou a proposta
transformadora: “amai-vos e instruí-vos”.
Explicando as aflições humanas, a nova Doutrina
proporcionou imensa consolação e deu ao homem a medida
exata da indefectível justiça de Deus: “A cada um
segundo suas obras”. Lançou luz sobre o arbítrio humano,
através do qual cada ser assume a responsabilidade por
seus atos.
Com o advento do Espiritismo, Jesus cumpriu sua promessa
e ampliou as esperanças do espírito humano na busca da
liberdade e da perfeição.
|