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por Cláudio Bueno da Silva

Ampliação das esperanças humanas


Quando a criança faz uma pergunta sobre assunto que não compreende, o que fazem os adultos? Procuram explicar o essencial, o que lhe possa ser inteligível, usando linguagem própria para a sua idade e imagens do seu cotidiano, de maneira que possa entender mais facilmente com a ajuda “pedagógica” das coisas com as quais está acostumada.

Jesus fez o mesmo com os homens do seu tempo, que viviam a infância em relação ao entendimento das questões do Espírito.

O que ele pôde dizer o fez usando alegorias, criando imagens materiais (com moeda, bois, árvores, sementes), deixando para o futuro a compreensão daquilo que só o tempo e o progresso do pensamento tornariam possíveis.

Mesmo tendo que dosar as informações que fornecia, Jesus tratou dos principais assuntos do interesse humano sob a ótica espiritual e não deixou de associá-los ao princípio do amor a Deus e ao próximo, princípio este com que iniciou um processo de mudança de mentalidade e dos padrões de comportamento que, até ali, não abrigavam sentimentos muito espiritualizados.

Fez uma promessa convicta aos seus irmãos da Terra, ciente dos caminhos que seguiriam e das suas necessidades futuras: “Rogarei ao Pai e Ele vos dará outro consolador”, “o Espírito de Verdade vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”.

Jesus sabia que o homem do futuro, mais adiantado, precisaria de ensinos complementares.

Antevendo os desvios a que os homens se entregariam em nome dos próprios interesses, acenou com a vinda do Consolador que lhes abriria os olhos e os ouvidos: o Espiritismo. A partir do seu estabelecimento na Terra, deixaram de existir os mistérios e o sobrenatural foi explicado racionalmente. Com sua clareza e naturalidade, o Espiritismo revitalizou e recompôs o ensino original de Jesus. O Espírito de Verdade presidiu a chegada da nova doutrina com a divisa que lhe sintetizou a proposta transformadora: “amai-vos e instruí-vos”.

Explicando as aflições humanas, a nova Doutrina proporcionou imensa consolação e deu ao homem a medida exata da indefectível justiça de Deus: “A cada um segundo suas obras”. Lançou luz sobre o arbítrio humano, através do qual cada ser assume a responsabilidade por seus atos.

Com o advento do Espiritismo, Jesus cumpriu sua promessa e ampliou as esperanças do espírito humano na busca da liberdade e da perfeição.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita