Uma irmã conversava com Ramiro Gama e amigos no Hotel
Diniz, em Pedro Leopoldo-MG, sobre um assunto familiar.
Certa feita, ela fora obrigada a dizer a verdade nua e
crua a uma parenta, como uma advertência ao seu mau
gênio e por haver incidido num erro grave.
Delicadamente, foi contrariada em seu ponto de vista:
— Que ninguém ensina ferindo, como nos lembra André Luiz num de
seus textos de Agenda Cristã.
A irmã considerou-se vencida, mas não convencida.
Já em casa do irmão André, onde o querido Chico os esperava,
depois dos abraços, já sentados e atentos à palavra do querido
médium, sob surpresa, ele nos contou, logo de início:
— Emmanuel, uma vez, me disse que a Verdade é como o diamante.
Entreolharam-se uns aos outros, convencidos de que os Espíritos
ouviram a conversa no Hotel. E o médium prosseguiu:
— Oferecemos o diamante a uma moça e ela, com a pedra preciosa,
transforma-a numa joia de realce à sua beleza; oferecemos o
mesmo diamante a um pobre irmão enfermo e, ele satisfeito,
troca-o por dinheiro, com que compra alimento e remédio. Mas,
numa hora de descontrole moral, jogando-o à face de alguém, esse
alguém todo se envergonha e envia-nos um olhar cheio de vingança
e de ódio... Então, a Verdade deve ser dosada. Não deve ser dita
nua e crua, senão, ao invés de bem, fará mal...
A caríssima irmã, companheira de viagem, considerou-se afinal
convencida. A vitória era de Jesus, nas lições de seu Evangelho.
Do livro As vidas de Chico Xavier, de Ramiro Gama.
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