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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

Natal: luz e reflexão


”Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão.”
 - Jesus (Mateus 24:3.)


Ao nascer, o Divino Mestre Jesus mudou o tempo, o conceito de Deus e transformou o sentimento dos seres humanos. Sua vinda triunfal se perpetuou através dos séculos. O seu amor e suas mensagens difundidas pelos Apóstolos e demais seguidores são os pilares da renovação interior de todos nós. Para aquela época era algo inadmissível, em face da ignorância do povo, que cultivava a intolerância, a violência e demais sentimentos inferiores. Uma mudança tão radical, obviamente, encontraria resistências de toda ordem. Era uma ameaça aos que desfrutavam dos poderes e comandavam todo aquele povo.

Jesus edificou o seu império de amor sem valer-se da violência nem das armas. O seu amor que nós ainda buscamos em nossas almas constitui-se na humildade e na caridade que todos nós devemos praticar. Esse terreno fértil em nosso interior é o único bem de que somos proprietários. Nossos pensamentos e sentimentos são tesouros que jamais serão roubados. São íntimos e fazem parte da nossa essência espiritual. A sublime presença de Jesus no Orbe terrestre foi a maior lição que o Criador nos ofertou. Ele nos deixou o exemplo edificante para que pudéssemos entender, discernir e seguir os seus passos de luz.

Mas essa transformação requer um esforço especial de cada um de nós. É imperioso que renunciemos aos sentimentos nefastos que insistimos em vivenciar. Ainda não despertamos para essa realidade que fará com que nossos caminhos sejam modificados nesta existência. Passados mais de dois mil anos que recebemos o Iluminado Mestre, a condição do ser humano, ainda fustigada pela insensatez e pela violência, faz-nos presenciar a barbárie comum dos tempos remotos. Atitudes animalescas impactam-nos e perguntamos: Ainda vemos isso nos dias de hoje? É o egoísmo, o orgulho, o ódio e a ganância que ainda movem os sentimentos do ser humano.

A Humanidade teve uma extraordinária oportunidade para refrear as mazelas d´alma por tudo que Jesus disse e realizou com o seu exemplo de missionário do Criador. Disseminou humildade e amor por onde passou. Foi incompreendido pela ignorância que reinava naquele povo, sofrendo toda humilhação que lhe afrontou o sentimento de Ser Divino. Sem merecer e por conta das injustiças que o mundo oferecia graças ao despotismo reinante, padeceu de forma cruel sem renunciar à sua missão, que nos trouxe a palavra que o representava, como temos em João, 14:5-6: ”Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais, como então podemos saber o caminho? Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão for por mim”.

Tenhamos em mente que a fraternidade que o ambiente natalino nos proporciona deve ser diária. A família consanguínea é tão efêmera quanto o nosso corpo físico. O que de fato é imortal é a Família de Deus, que independe de laços de parentelas. Somos integrantes do todo Universal que permanece sempre vivo. No livro Antologia Mediúnica do Natal, pg.23, psicografia de Francisco Cândido Xavier, texto de Casimiro Cunha, encontramos: “Natal é o maior dos dons, nas celestes alegrias, que nos ensina a ser bons com Jesus todos os dias”. Seguindo essas palavras de luz chegaremos à conquista da Paz que Ele nos prometeu.

A coragem de galgar esses degraus do crescimento espiritual fortalece a nossa perseverança e revigora a nossa fé, que jamais deverá ser vacilante. Lembremo-nos sempre das promessas do Cristo, que se avizinham a cada dia em que nos propomos a mudar nossos comportamentos seguindo os ensinamentos do Mestre.

É com esse sentimento em nossos corações que devemos buscar incessantemente a harmonia de que tanto precisamos. Essa união de força mental, fé e esperança norteará os nossos caminhos rumo ao Planeta de Regeneração que nos aguarda. (Que a Luz celestial esteja sempre presente em nossos caminhos.)
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita