Quem encontrou o Cristo e O ama,
deixa de pertencer-se
Ele é um permanente hino de louvor ao equilíbrio
e à paz
“Quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo,
tome sua cruz e siga-Me.” - Jesus.
(Mt., 16:24)
O despojamento do egoísmo, da vaidade, do
orgulho, do personalismo e todo sentimento
inferior que denote o azinhavre do “homem-velho” é
a primeira consequência do feliz encontro da
criatura com Jesus.
Não há como conciliar os velhos conceitos que
nos infelicitaram por milênios, plasmando
aflitivas e dolorosas reencarnações, com os
valiosos e alcandorados ensinamentos
emancipadores da Alma, esparzidos por Aquele que
é a Luz do mundo e que numa superlativa
demonstração de altruísmo e renúncia, abandonou
por uns tempos o Seu Jardim de Estrelas para
ergastular-Se - sacrificialmente - nas densas e
venenosas brumas da Terra.
Temos, na atualidade terrena, exemplos de
criaturas que trilharam o luminoso “Caminho
de Damasco”, tais como: Francisco Cândido
Xavier, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce e
outros tantos... Despojaram-se completamente da
própria personalidade, substituindo-a pela do
Cristo, vivendo segundo Seus princípios em
regime de renúncia pessoal e amor ao próximo.
Viver balizando-nos pelos parâmetros de Jesus é
resguardar nossos atos, pensamentos e palavras
sob Sua égide, entoando – através do trabalho –
um permanente hino de louvor ao equilíbrio e à
paz...
Olvidar o Cristo e afastar-se de Suas
deliberações é oferecer ensancha às brechas
morais que vão engendrar as tragédias, as
agressões odiosas, a calúnia, a delinquência, a
violência, as ideias suicidas, corolários
naturais da existência sem Ele.
Apartados do Cristo, os pequenos acontecimentos
se adensam; diminutas revoltas e contínuas
odiosidades vão se somatizando aos poucos, e os
desdobramentos nefastos estrugem quais feras
famélicas e predadoras, infelicitando a todos...
Segundo o nobre Mentor Marco Prisco,
“(...) as brechas morais para os pequenos vícios
sociais, as mentiras inocentes, as
justificativas aos abusos, abrem as portas para
as nefárias realizações. Inocente e pequena
fagulha pode produzir incêndios vorazes;
insignificante vazamento num dique pode levar à
destruição da monumental construção da
represa...
Não se permita brechas morais negativas!”
Pequenas concessões e descuidadas invigilâncias
conspiram contra a harmonia e o natural
desenvolvimento de nossas potencialidades
espirituais. Saibamos viver albergando Jesus na
intimidade de nosso coração, ora transformado em
aconchegante manjedoura...
Continua o preclaro mentor Marco Prisco1:
“(...) o servidor do bem é íntegro, leal,
atuante e nobre em todos os momentos, atestando
sempre a excelência dos postulados que o elevam
e sustentam.
Perante os frívolos que, apesar de se dizerem
espíritas, cultivam a vacuidade, animam a
malquerença, e os que choram ao abandono,
sofrendo o desamor, decida-se pelos que
necessitam da sua presença.
Cada um vive com o que sintoniza e consegue o
que lhe apraz. Você já encontrou o Cristo e quem
O ama, deixa de pertencer-se”.
Foi por isso que Paulo, o incomparável apóstolo
dos gentios, convicto e impertérrito, proclamou
com absoluta segurança: “sou prisioneiro do
Cristo; já não vivo eu, Cristo é que vive em
mim”. (Gálatas, 2:20)