Joias da poesia
contemporânea

Autoria: Casimiro Cunha

 

Natal do Senhor

Mestre Amado e Generoso,

Nas bênçãos de Teu Natal,

Também nós te recordamos

No campo espiritual.

 

E lembramos, comovidos,

A noite ditosa e bela,

Em que surgiste, exaltando

A manjedoura singela.

 

Divino Pastor, nascias

Na solidão da pobreza,

Santificando a humildade

Nas luzes da natureza.

 

E trabalhaste e sofreste

Para as vitórias da luz,

Desde a esperança do berço

Às ironias da cruz.

 

E embora os Teus sacrifícios

Na lágrima, no suor,

A Terra, Jesus, se veste

De angústia, miséria e dor.

 

Volta a nós, Pastor Sublime,

Que o redil da humanidade

Se estende aos abismos negros

De ignorância e maldade.

 

As tuas ovelhas frágeis,

Cansadas de sombra e guerra,

Atropelam-se assustadas,

Ao longo de toda a Terra!

 

As seitas religiosas,

Que ensinam a divisão,

Fomentam carnificinas,

Envenenando a razão.

 

A ciência que extermina

Faz do mundo seu vassalo,

Enquanto a filosofia

Prega o bem sem praticá-lo.

 

Ó Senhor, dá-nos, de novo,

Fidelidade ao dever,

No dom da simplicidade,

No impulso de agradecer.

 

Que em Teu Natal nós possamos

Recordar com mais fervor

Teus exemplos de renúncia

E as tuas lições de amor.

 

Concede-nos, Mestre Amigo,

Nas lutas de redenção,

Nova fé, nova esperança

Ao templo do coração.

 

Do livro Preito de amor, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita