A posse da felicidade
Meus amigos, não são poucas as ilusões que o homem
necessita alijar do seu coração, para a posse dessa
felicidade em cuja busca consome os seus dias,
destruindo às vezes ineficazmente as suas forças.
A vida é o patrimônio sagrado de energias que a alma
precisa coordenar para a aquisição de sua ventura
espiritual, convindo não esquecerdes os vossos deveres
sociais e espirituais dentro de qualquer situação em que
sejais colocados.
Muitos de vós pedis uma palavra nossa, uma orientação e
um conselho, porém não vos esqueçais de que através do
luminoso oráculo de vossas consciências Deus se
manifesta, porque Deus é a Verdade para eliminardes dos
vossos Espíritos o fardo de enganos que carregais
frequentemente anos a fio, adquirindo penosamente as
experiências que representam as riquezas em vossas
almas, de sua presença constante em seus próprios
corações.
Todos vós sois falíveis.
O homem luta a vida inteira com o assédio das tentações
e, às vezes, cai nas ciladas que as suas próprias
ilusões lhe preparam, causando-lhe danos que apenas os
séculos de dores expiatórias podem reparar.
Tendes, entretanto, o meio de evitardes as quedas que
tão dolorosamente vos surpreendem, perturbando a vossa
marcha ascensional para Deus.
Observai-vos intimamente.
Sede tolerantes com o vizinho, sendo severos convosco
mesmo.
Todas as lições de moral são batidas e velhas, afirmais
naturalmente. Todavia, as vossas novidades científicas e
religiosas só vos têm perturbado, conduzindo aos beirais
de abismos tenebrosos.
É ainda para os exemplos do passado que devereis volver
os olhos.
É ainda fortificando o instituto sagrado da família,
reatando os laços da fé, confiando em uma Justiça
Superior que podeis beneficiar vossa civilização
corrompida por todos os abusos, regenerando os seus
costumes em todas as esferas das atividades individuais
e coletivas.
Vós, porém, amigos, tendes a missão consoladora.
Mãos à obra!… e que o Evangelho do Mestre Divino seja o
vosso roteiro em todos os momentos.
Do livro Ação, Vida e Luz, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
|