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por Waldenir A. Cuin

 

A vida na Terra é apenas uma etapa da vida total


“Não vale, pois, reclamar a abnegação dos outros para a melhoria do mundo, porque o próprio Cristo nos ensinou, à força de exemplos, que a melhoria do mundo começa de nós.” (Emmanuel/Chico Xavier, em Religião dos Espíritos, cap. 79.)


Hoje estamos vivendo no mundo físico, ostentando temporariamente um corpo material, mas a verdadeira vida está fora da matéria, no mundo espiritual.

Fomos criados por Deus na simplicidade e na ignorância, o que nos remete a entender que temos necessidade de esforço próprio para chegarmos ao patamar da perfeição, que é o destino de todos nós, quando lograremos encontrar a paz e a felicidade que todos almejamos.

Numa única encarnação não será possível atingir esse patamar de evolução; assim sendo, decidiu a Providência Divina nos proporcionar inúmeras oportunidade de viver na Terra, onde temos plenas condições de colocar em prática as lições que aprendemos na vida espiritual. Lá estudamos e planejamos nossas ações e aqui as exercitamos. Dessa forma, aos poucos vamos deixando a nossa condição de animalidade para adentrarmos o pórtico da angelitude.

Tem valor e importância indescritível viver no mundo físico, mas indispensável a conscientização de que se trata apenas de uma etapa da vida total.

A exemplo de uma escola onde os alunos vão avançando em conhecimentos, ano a ano, nossas encarnações seguem o mesmo curso, proporcionando-nos evolução espiritual a cada etapa vivida.

Diante disso surge a importância de aproveitarmos, de forma consciente e prática, todas as experiências que surgem à nossa frente, sempre tendo em meta que estamos a caminho do progresso espiritual, usando os recursos materiais disponíveis. No entanto, jamais olvidarmos que a prioridade de cada criatura é seu avanço moral, que lhe assegurará uma boa posição na vida espiritual, a verdadeira vida.

A morte do corpo significa o fim desta etapa física, mas nunca o fim da vida, pois que nesse fenômeno apenas deixamos a materialidade para adentrarmos a espiritualidade, de onde saímos um dia para exercitar as lições lá aprendidas.

Então, observemos com profundidade quais são as nossas prioridades no momento, pois, às vezes, descuidados, valorizamos mais as conquistas materiais que as espirituais. As aquisições físicas têm o seu valor, no entanto são passageiras e fugidias, enquanto as espirituais são eternas e definitivas.

Ambas têm muita importância e significado, mas o peso que damos a cada uma determinará como serão nossos dias no futuro, pois que somos dotadas de duas naturezas, a física e espiritual, e o equilíbrio delas nos garantirá a paz que buscamos e a felicidade que queremos.

Egoísmo, orgulho, vaidade, arrogância, desonestidade, violência, preguiça e outros defeitos nos prendem à inferioridade e nos distanciam de uma boa posição espiritual, enquanto amor, fraternidade, respeito, compreensão, tolerância, amor ao próximo e outras virtudes nos ligam às forças divinas, florescendo a serenidade e asserenando as nossas vidas.

Viver aqui na Terra é importantíssimo, mas sem esquecermos que se trata de uma etapa apenas. A verdadeira vida é a espiritual e é nela que vamos colher os louros das nossas lutas e conquistas.

Reflitamos.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita