A crença na reencarnação é
a terceira
O
título desta coluna diz que a crença na reencarnação
ocupa, hoje, o terceiro lugar entre as maiores crenças
da Humanidade. Falamos isso com muita alegria e uma
certa autoridade, pois foi depois, como se diz, de ter
queimado muito as pestanas, lendo muitos livros sobre o
assunto e, inclusive, tendo-o estudado, como seminarista
que fui da Congregação dos Padres Redentoristas, ou
seja, de acordo com a teologia da Igreja e seu modo de
ver e interpretar a Bíblia, além de ter estudado toda a
História do Cristianismo, desde a era apostólica.
O Mestre dos Mestres nos
transmitiu com sua conhecida e sábia afirmação a Justiça
Divina ou a lei de causa e efeito: “Ninguém deixará de
pagar tudo até o último centavo.” (São Mateus 5:26.)
Todos nós sabemos que se trata da colheita ou pagamento
do último centavo figurado do que houvermos plantado. E
repetimos que outro nome para a Justiça Divina é a
inexorável lei de causa e efeito. E quando pagarmos o
último centavo, temos a certeza absoluta de que não
vamos pagar mais nada, o que derruba, totalmente, o erro
das chamadas penas eternas. Mas alguém poderá dizer que
isso está na Bíblia! Sim, mas ela foi escrita por homens
falando sobre Deus, e eles não são infalíveis, somente
Deus o é. Por exemplo, de certa feita, perguntaram a
Jesus quando seria o final dos tempos (não do mundo), e
Ele respondeu que nem Ele nem os anjos dos céus sabiam,
mas que somente Deus sabe esse dia... (São Mateus
12:36). E não há mais os originais bíblicos, mas
traduções de traduções, e os tradutores cometeram erros
e, às vezes, propositais, para adaptarem a significação
de textos bíblicos ao seu modo de crer. E como isso
aconteceu no decorrer dos séculos e ainda acontece,
principalmente, depois que surgiu o Espiritismo de
Kardec! Sim, e como a Bíblia, segundo o renomado pastor
Nehemias Marien, é "o mais antigo livro de
psicografia e mediunidade",
as ideias espíritas
originais dela, contra as quais são o clero católico e
os pastores evangélicos, os tradutores novos da Bíblia
dessas correntes religiosas têm alterado os textos dela,
adaptando-os no sentido de que desapareçam deles as
ideias espíritas como as do contato através dos médiuns
(no alvorecer do Cristianismo chamados de pneumatas) com
os espíritos e a das ideias da reencarnação, realmente,
assuntos bem claros na Bíblia, antes das citadas
alterações que eles têm feito nela, a partir de meados
do Século 20.
Muitos
dizem que a palavra reencarnação não está na Bíblia. É
claro que não, pois ela foi criada muito tempo depois,
mas está seu sinônimo em grego e português:
‘palingenesia’, traduzido escandalosamente por
‘regeneração’ em Tito 3:5 e são Mateus 19:28. Vejam
sobre o assunto o que escreveu Carlos Torres Pastorino
em “Sabedoria do Evangelho”. (*)
(*) Sobre o termo
reencarnação e sua origem, sugerimos ao leitor que leia
uma matéria publicada em O CONSOLADOR, edição 425,
bastando para isso clicar neste LINK
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