Sobre a convivência com o pai, disse Chico Xavier: “O
meu pai era um homem muito severo; convivi pouco com
ele, mas ele me marcou muito… Hoje, compreendo que tive
o pai que precisava ter. Se eu tivesse tido moleza, não
sei o que teria sido de mim… Não sou adepto da
violência, mas aprendi que sem disciplina criança alguma
vira gente… Tínhamos muito medo do meu pai. A gente
andava miudinho… Médium que cresce sem dificuldade, sem
luta, não se retempera para continuar na tarefa. Neste
sentido, devo muito ao meu pai. Ele me combatia, mas,
por outro lado, não me consentia a irresponsabilidade;
ele não ia ao Centro, mas queria saber se eu tinha ido…
Apenas nos seus últimos tempos é que houve uma maior
aproximação entre nós. Ele não dizia, no entanto eu lia
nos olhos dele o seu desejo de se desculpar
comigo… Nunca tivemos a conversa que, com certeza, um
dia ainda haveremos de ter!…”
Do livro O Evangelho de Chico Xavier, de
Chico Xavier (encarnado).
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