Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

O psiquiatra Alberto Lyra arriscou um diagnóstico para casos como os de Chico Xavier.

Em depoimento à revista Realidade, afirmou, em 1971: "Uma pessoa, contando repetidas vezes um episódio e obtendo para ele o consenso de seu meio, acaba acreditando que ele é de fato verdadeiro, e nunca mais duvidará de que assim seja".

Alguns parapsicólogos, como o padre Quevedo, defenderam a tese de "auto hipnose", capaz de levar Chico ao próprio subconsciente. Diante dos céticos, o rapaz tentaria manter uma postura: a de respeito. "Ninguém é obrigado a acreditar nos fenômenos", diria aos espíritas indignados com a descrença alheia.

No início, diante das primeiras críticas, ele ficava irritado. Emmanuel deu um jeito nele com algumas frases contundentes: “Seu ressentimento é pura vaidade. Você não pode exigir que os outros acreditem naquilo em que você acredita. Ninguém precisa seguir a sua cartilha”.

Logo depois de escrever Nosso Lar, seu décimo nono livro, o próprio Chico quis estudar psicografia. Pediu a opinião de Emmanuel e foi atendido com uma metáfora bucólica: “Se a laranjeira quisesse estudar o que se passa com ela na produção das laranjas, com certeza não produziria fruto algum. Vamos trabalhar como se amanhã já não fosse possível fazer nada. Para nós, o que interessa agora é trabalhar”.

Chico trabalhava como um louco. Se estivesse no tal Nosso Lar, teria acumulado bateladas de bônus horas. O trabalho, para ele, era uma obsessão e uma terapia.

 

Do livro As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita