Joias da poesia
contemporânea

Autoria: Casimiro Cunha

 

Assunto nosso


Afirmas que o mundo é mar

De abismos, trevas e escolhos;

Conserva, por isso mesmo,

A caridade nos olhos.

 

Suplicas esquecimento

Da mágoa em que tens vivido;

Guarda cautela, aplicando

A caridade no ouvido.

 

Desejas larga distância

Da fala maldosa e oca…

Cultua, quanto puderes,

A caridade na boca.

 

Pretendes largar, de todo,

Tristezas e laços vãos,

Cultiva, além do dever,

A caridade nas mãos.

 

Queres que os outros te vejam,

Coração nobre quanto és,

Atende, em questões de rumo,

À caridade nos pés.

 

Sonhas banir da família

Rixa, contenda, pesar…

Inicia, praticando

A caridade no lar.

 

Ensinas beneficência,

Ante a penúria indefesa,

Mas não olvides pregar

A caridade na mesa.

 

Exiges a estima alheia

Que os empeços atenua,

Emprega, constantemente,

A caridade na rua.

 

Se indagássemos do Cristo

Como achar felicidade,

Jesus, decerto, diria:

— Caridade, caridade…


Do livro Bênçãos de amor, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita