Espiritismo
para crianças

por Marcela Prada

 

Tema: Desprendimento de bens terrenos


O sábio e a joia

 

Era uma vez um sábio que vivia andando pelo mundo. Ele ia de cidade em cidade, tendo novas experiências, conhecendo as pessoas e repartindo com
elas seus conhecimentos.

Certa vez, andando por um caminho, ele viu no chão algo que brilhava. Era a pedra preciosa de uma joia muito valiosa que tinha sido roubada de um rico marajá.

Depois do roubo do tesouro, o ladrão foi perseguido e na fuga, deixou cair a joia mais cara de todas, que ficou ali, perdida até ser encontrada pelo sábio.

O sábio percebeu que se tratava de um objeto raro e de grande valor, mas não sabia a quem pertencia. Por isso, guardou a joia em sua sacola, onde ele carregava seus poucos pertences e continuou sua caminhada até a cidade para onde ele estava indo.

Nesta cidade ele passou alguns dias e conheceu lá um homem que disse ao sábio que ele tinha um grande desejo se tornar rico e que ele até rezava para Deus lhe ajudar a possuir um dia um grande tesouro.

O sábio ouvindo isso, tirou de sua sacola a enorme pedra preciosa, transformada em joia, e entregou-a ao homem, sorrindo.

O homem mal cabia em si de tanta satisfação. Agradeceu o sábio, com entusiasmo e se foi, alegre como nunca.

No dia seguinte, o sábio partiu para outra cidade. Ele ia andando a pé, pelo caminho, como sempre fazia.

Ele ainda não tinha se distanciado muito da cidade, quando ouviu alguém lhe chamando. Era o homem com quem ele estivera no dia anterior.

O sábio, ao reconhecê-lo ficou surpreso e disse:

- Amigo, não tenho mais nada de valor. Você disse que queria ser muito rico. Eu lhe dei o objeto mais valioso que eu já tive. Não sei como posso lhe ajudar mais.

- Sábio amigo, o senhor me deu uma das joias caras que existem. Mas, quando ela foi minha eu descobri que não era esse o tesouro que eu queria. Eu quero ter confiança em Deus, paz e felicidade em ver os outros felizes. Esses são tesouros mais valiosos ainda que a pedra preciosa. Eu percebi que o senhor os possui, quando me entregou a joia, com desprendimento e serenidade. Sua riqueza os ladrões não podem roubar. Quero aprender com o senhor!

O sábio abraçou seu novo amigo e eles seguiram juntos dali em diante.


(Adaptação de uma história da cultura popular.)


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita