O medo
participa da infância
Todas as pessoas grandes foram um dia crianças - mas
poucas se lembram disso. A.
Exupéry
Crianças sentem medo. Alguns são passageiros e outros
demoram mais para passar. No entanto, a simples presença
da mãe ou do pai pode abrandar esse temor, pois os pais
são fontes de segurança para as crianças e, com isso, os
perigos (reais ou imaginários) são superados.
Como a criança lida com o medo?
A meninazinha quando experimenta o medo pode chorar,
ficar ansiosa, querer se esconder, pedir aos pais para
não sair de casa aos prantos, ter pesadelos, fazer xixi
na cama, às vezes decidir se distanciar de colegas na
escola, e às vezes expressar seu temor através de
desenhos…
Como devem agir os pais?
Os pais devem observar a criança com medo cercando-a de
muito carinho e compreensão. Sua presença e
intervenção são essenciais no processo de superação do
medo infantil.
De outro lado, é importante não esquecer: - dizer coisas
como “não seja bobo” e “você já é grandinho para ter
medo disso” não ajuda a criança. Ao contrário, essas
falas podem afetar sua confiança, impedindo a criança de
querer compartilhar seus sentimentos com os pais.
O medo tem o papel de proteger as pessoas de possíveis
riscos e ameaças à sobrevivência. Por isso, nascemos
permeados pelo medo e pouco a pouco vamos aprendendo a
lidar com as situações diversas que provocam medo em
nós. Se aos três anos temos medo de pessoas fantasiadas,
aos 8 temos medo de ir mal na escola…
Cabe ao pai ou à mãe assegurar presença, ajudando a
criança a entender o que sente e a seguir em frente no
seu bonito processo de desenvolvimento e aprendizado de
emoções fáceis e difíceis.
Notinha
Solidarizar-se com os filhos diante de seus medos é algo
que aos pais urge fazer para que eles possam se sentir
seguros. O sentimento de estar acompanhado, apoiado,
guiado e querido ajudará a criança a combater seus
temores, pois saberá que os adultos da casa estarão com
ela para dar-lhe presença e suporte.