Natureza
e seu poder restaurativo
“… as filhas das árvores servem para nos ensinar a cair
sem alardes.” Manoel
de Barros
Parece simples e realmente é. Estar em contato com a
natureza nos faz mais felizes e resilientes.
Concretamente, ter dez
ou mais árvores em um bairro eleva o bem-estar dos
moradores. Porque o mundo natural tem uma influência
poderosa na redução do estresse e na estabilidade de
humor das pessoas.
Mas não é só o estresse.
A contemplação de paisagens verdes, por exemplo, reduz
os níveis de cortisol e da pressão arterial, amplia as
habilidades cognitivas, entre outras coisas.
Quando um de nós caminha
por uma zona verde por vinte ou trinta minutos,
sensivelmente nos sentimos mais calmos e atentos do que
aqueles que, durante o tempo equivalente, experimentem
uma área com tráfego intenso.
Para nós urbanos, que
vivemos à mercê das demandas das cidades, fazer uma
pausa em uma área verde - bosque, parque, jardim
botânico - é uma forma fácil de recuperar o equilíbrio,
porque a natureza é um potente indutor de estados de
bem-estar.
À medida que a ciência
reconhece que as crianças que crescem em contato com a
natureza têm menos risco de desenvolver certas doenças
mais tarde na vida, ganha a cada dia mais urgência a
necessidade de as cidades serem mais sustentáveis,
incorporando mais e mais verde nas suas áreas
urbanizadas. Pois o verde urbano não é um mero adorno,
mas sim uma fonte significativa de saúde e paz social.
De modo simples, quando
interagimos com a natureza, quando nos damos a
oportunidade de apreciá-la, contemplá-la, essa
experiência nos proporciona benefícios expressivos em
forma de sentimentos de felicidade, ânimo, calma,
alegria.
Não deveríamos passar
mais tempo fora interagindo com a natureza?