Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Natureza e seu poder restaurativo


“… as filhas das árvores servem para nos ensinar a cair sem alardes.”
 Manoel de Barros


Parece simples e realmente é. Estar em contato com a natureza nos faz mais felizes e resilientes.

Concretamente, ter dez ou mais árvores em um bairro eleva o bem-estar dos moradores. Porque o mundo natural tem uma influência poderosa na redução do estresse e na estabilidade de humor das pessoas.

Mas não é só o estresse. A contemplação de paisagens verdes, por exemplo, reduz os níveis de cortisol e da pressão arterial, amplia as habilidades cognitivas, entre outras coisas.

Quando um de nós caminha por uma zona verde por vinte ou trinta minutos, sensivelmente nos sentimos mais calmos e atentos do que aqueles que, durante o tempo equivalente, experimentem uma área com tráfego intenso.

Para nós urbanos, que vivemos à mercê das demandas das cidades, fazer uma pausa em uma área verde - bosque, parque, jardim botânico - é uma forma fácil de recuperar o equilíbrio, porque a natureza é um potente indutor de estados de bem-estar.

À medida que a ciência reconhece que as crianças que crescem em contato com a natureza têm menos risco de desenvolver certas doenças mais tarde na vida, ganha a cada dia mais urgência a necessidade de as cidades serem mais sustentáveis, incorporando mais e mais verde nas suas áreas urbanizadas. Pois o verde urbano não é um mero adorno, mas sim uma fonte significativa de saúde e paz social.

De modo simples, quando interagimos com a natureza, quando nos damos a oportunidade de apreciá-la, contemplá-la, essa experiência nos proporciona benefícios expressivos em forma de sentimentos de felicidade, ânimo, calma, alegria.

Não deveríamos passar mais tempo fora interagindo com a natureza?


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita