Espíritos, Pentecostes
e o Espírito Santo
Pentecostes, do
grego Pentēkosté e
do hebraico Shavuoth, cujos significados são os
cinquenta dias após a Páscoa, em comemoração e gratidão
pelos judeus a Javé pela colheita dos alimentos, e para
os cristãos lembram as manifestações de espíritos
(chamados de Espírito Santo pelos cristãos) aos
apóstolos, aos gentios e à entrega das Tábuas dos Dez
Mandamentos por um espírito (anjo) a Moisés no Monte
Sinai. (Cf. 2ª Coríntios, 3:7).
Muitos
dizem, erradamente, que foi Deus que as entregou a
Moisés. E essas manifestações de espíritos nos
Pentecostes cristãos são o início do Consolador
prometido (o Espiritismo).
Para os
teólogos trinitaristas, o Consolador é um só espírito,
que eles denominaram de o Espírito Santo, mas os
Pentecostes cristãos mostram, como vimos, que não é um
só espírito (início do Livro de Atos). “E de repente,
veio do céu um som, como de um vento veemente e
impetuoso e encheu toda a casa em que estavam
assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas,
como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um
deles.” (Atos 2:2 e 3).
É comum os
espíritos se manifestarem em forma de luz e fogo. As
línguas de fogo representam, pois, os espíritos que
pousaram sobre cada um dos apóstolos (todos eles eram
pneumatas ou médiuns) e cada espírito manifestante, em
forma de fogo, falou em línguas de seus países e que
foram entendidas pelos estrangeiros presentes desses
respectivos países.
Os
teólogos passaram a chamá-los de o Espírito Santo,
como se fosse só um espírito. E lembremos que os
tradutores da Bíblia adaptaram os textos dela sobre
manifestação de bons espíritos para o clero como sendo o
único Espírito Santo ou, então, de um modo geral, como
sendo os demônios, ”daimones” no grego bíblico, mas
lembremos também que essa palavra “daimones” (singular
“daimon”) significa almas ou espíritos desencarnados,
maus como bons e até santos canonizados pela Igreja.
Mas, muito erradamente, criou-se entre os cristãos a
doutrina de que todos os espíritos manifestantes são
maus, que eles denominaram de demônios e de outra
categoria não humana, erro absurdo contra o ensino
bíblico.
E quando
Pedro descobriu que existem Pentecostes, também, entre
os gentios, ele disse-lhes: “Arrependei-vos e cada um de
vós seja batizado em nome de Jesus Cristo (não falou do
Espírito Santo ainda não conhecido) para perdão dos
pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos
2:38), na verdade, “um” espírito santo. E o Espírito
Santo aqui deve ser interpolação, pois Ele só se tornou
doutrina oficial da Igreja no Concílio Ecumênico de
Constantinopla em 381, quase 4 séculos depois.
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