Tema: Otimismo
A competição de natação
Julia adorava nadar e por isso começou a receber aulas
de natação. Ela era muito dedicada e se desenvolveu
bastante no esporte. Por isso, logo foi convidada a
fazer parte da equipe de treinamento do clube.
Depois de alguns meses treinando, ela pôde participar da
sua primeira competição de natação.
Julia ficou muito empolgada quando fez sua inscrição.
Contou para todo mundo, se dedicou bastante, e quando
chegou o dia da competição, sentia-se bem preparada.
Na véspera, ela arrumou, com cuidado, sua mochila, com
tudo o que precisava levar: maiô, touquinha, óculos de
natação, chinelo, toalha e outras coisas. Estava
ansiosa, mas foi dormir cedo, seguindo as instruções do
técnico.
Chegando ao recinto da competição viu seu nome na lista
dos atletas e sentiu-se orgulhosa por participar da
equipe.
Julia assistiu a todas as provas e torceu por seus
colegas de equipe. Quando chegou sua vez, ela estava
nervosa, mas nadou o melhor que pôde. Ela não ganhou e
nem sequer ficou entre as primeiras colocada.
Quando ela saiu da piscina, recebeu abraços e elogios da
sua família, mas mesmo assim sentiu-se muito frustrada.
- Tanto esforço pra nada! Eu nunca vou ganhar uma
medalha – disse Julia choramingando. - Nunca mais quero
competir. Fiquei tão nervosa que nem sei como consegui
ir até o final. Perdi meu dia inteiro. O dia não, a
semana, ou melhor semanas e meses, porque faz um tempão
que estou treinando, pra nada! Eu queria nem ter
competido!
Quando já se preparavam para ir embora, o técnico de
Julia veio ao seu encontro, Ele deu um abraço nela e
muito feliz falou:
- Parabéns, Julinha! Fiquei muito orgulhoso de você!
Olha o tempo que você fez! – disse ele mostrando uma
folha com uma tabela cheia de anotações! Você melhorou
muito seu desempenho em relação aos treinos. Isso é o
que desejamos ao escalá-la com meninas mais experientes
e até maiores que você: puxar seus índices para cima!
- Nem sempre é o que acontece – continuou ele -; às
vezes o atleta novato está bem treinado fisicamente, mas
se desequilibra mentalmente e seu desempenho até cai.
Alguns, pelo nervosismo, engolem água, cometem erros
graves, são até desclassificados. Mas você conseguiu!
Saiu-se muito bem! Se você já foi tão bem assim na sua
estreia, imagina que grande campeã não vai ser daqui a
algum tempo!
Julia deu um sorriso e agradeceu. De repente, todo o seu
sentimento mudou. Ao invés de pensar em parar, ela
sentiu-se motivada a continuar treinando, se
aperfeiçoando e competindo, para um dia ganhar a medalha
que ela desejava.
Eles se despediram e Julia e sua família foram embora.
No carro, no caminho para casa, Julia foi pensando no
que tinha acontecido. Ela não tinha ganhado medalhas,
mas tinha melhorado seu desempenho. Ela ficou ansiosa,
mas ainda assim conseguiu controlar-se, não cometer
nenhum erro e nadar muito bem.
Ela tinha treinado bastante, dedicado seu tempo e seu
esforço, durante vários meses, para poder participar
daquela competição. Mas agora ela era atleta do seu
clube e praticava o esporte de que tanto gostava.
Julia percebeu que existem muitos jeitos de encarar os
acontecimentos. E entendeu também que valorizar demais
os aspectos negativos só ia deixá-la infeliz. Por isso,
no dia seguinte, na escola, quando as amigas perguntaram
como tinha sido a competição, ela contou que não tinha
ganhado nenhuma medalha, mas disse também que tinha
melhorado seu tempo e que estava animada para continuar
treinando, pois ainda queria melhorar cada vez mais.
Julia teve muitos aprendizados com aquela competição,
inclusive que os fatos são o que são e a forma como
lidamos com eles é que faz toda a diferença.