A bagagem de cada um
A título de exemplo ilustrativo, fico observando o
movimento nos aeroportos, nas estações rodoviárias e
ferroviárias, dentre outras. É como se diz numa certa
canção: "é gente que vai, é gente que vem".
Uns vão e voltam. Outros apenas vão. O certo é que nada
acontece em vão. Uma movimentação sem fim...
Diante do exposto, passamos para a seguinte reflexão:
Cada um de nós, na caminhada da vida, carrega a sua
própria bagagem, ou seja, a bagagem da consciência.
O que será que estamos levando em nossas respectivas
bagagens?
Já que o verbo "levando" nos dá a ideia de irmos pelo
caminho tornando "leve" a bagagem que carregamos.
Será que estamos levando um coração generoso, para
compartilharmos bons pensamentos e bons sentimentos com
os companheiros de caminhada?
Será que estamos levando em nossas bagagens a caridade
(o amor em ação) e a humildade, que são as duas maiores
fontes de virtudes para a conquista da felicidade?
Ou será que ainda nos prendemos aos sentimentos de apego
pelos bens materiais e pelos vícios morais que vamos, ao
longo da estrada, colocando em nossas mochilas ou malas,
tais como o egoísmo e o orgulho, as paixões e as ilusões
pela equivocada certeza de poder de posse e ostentação
social, dentre outros, tornando cada vez mais pesadas as
nossas bagagens?
Que possamos refletir sobre as bagagens que estamos
arrumando para nós mesmos na convivência no dia a dia;
se elas estão pesadas, produzindo em nós reclamações,
enfermidades e sofrimentos diversos, ou se estamos
tornando-as cada vez mais leves, produzindo em nós a
alegria de viver e o bem-estar físico, mental, social e
espiritual junto aos companheiros de jornada, no grupo
familiar, no trabalho profissional, nas vizinhanças e,
inclusive, em relação aos amigos virtuais, etc. e tal!
Portanto, fiquemos atentos e diligentes nessas questões!
Sigamos a recomendação do mestre Jesus, no sentido de
estarmos vigilantes, incessantemente, fazendo da nossa
caminhada um roteiro de oração vivenciada, na conquista
de valores evolutivos! Cuidemos mais de nós, cuidando da
leveza de nossas bagagens, transformando o egoísmo em
caridade (que é o amor em ação) e o orgulho em
humildade, desenvolvendo em nós o desapego aos bens
materiais e às ilusões das paixões desenfreadas, porque,
na vida é assim: não sabemos qual será o momento do
nosso próximo voo!