Cuide bem de você
“Há
mais coisas certas do que erradas em você.” Job
Kabat-Zinn
No
dia a dia, esforçamo-nos para melhorar nosso conforto
material, para ter mais sucesso na área profissional,
para ser mais reconhecido por nossos pares, para nos
cercar de pessoas que sejam boas e gentis.
Mas viver
não é fácil. Se há um esforço continuo sobre o exterior,
uma vida boa, por sua vez, depende também de um trabalho
interior, porque é esse labor que possibilita a
libertação da alegria escondida no coração de cada um de
nós.
É
conveniente entender que a alegria de viver não advém do
acaso. Abrindo mão de nossas ideias preconcebidas,
notemos: a alegria, que anima nosso ser, é fruto de
atenção contínua.
Alguém me
perguntaria: mas, a alegria não é uma emoção passageira?
Podemos
considerar a alegria de duas formas – como uma emoção
intensa (a alegria de passar no vestibular, por exemplo)
ou como um sentimento perene e associado ao nosso ser
profundo. Neste último caso, nós principalmente sentimos
a alegria quando estamos de acordo com nós mesmos, com
as coisas que fazemos. Ou seja, essa alegria, que é
distinta de uma emoção efêmera, alimenta um viver de
acordo com nossa natureza profunda, dando destaque a
nossos talentos e qualidades.
Repetindo:
viver não é fácil. Em certos dias, não é então
complicado retirar as pedrinhas que obstruem o acesso a
essa alegria indestrutível que está dentro de nós?
Como o
viver bem depende de um exercício diário de vigilância,
do trabalho com as árvores e flores, aprendi, por
exemplo, que o contato com a natureza (e para gente de
toda idade) facilita o desembaraço de tudo que impede o
acesso à alegria que habita em nós.
Deseja
estar mais aberto a uma felicidade mais estável?
Conecte-se com a natureza. Passe um tempo sozinho em um
local animado por paisagens naturais (sobretudo nos
momentos difíceis). Quer cuidar melhor de você? Eleja
uma flor (leve-a para o trabalho), cultive plantas,
comece um jardim. Tudo isso, eu diria, é vibrar com
nosso ser profundo…
Notinha
Pais que
se cuidam, que conservam o bom-humor, que mantêm de
forma diária um contato com a natureza, lidam melhor com
as questões do dia a dia e assim educam com mais
assertividade os próprios filhos. Estão cientes de que o
mais significativo é buscar viver um dia de cada vez.