No serviço da luz
Não olvides que todos os perseguidores da luz são
habitualmente enfermos de espírito acomodados ao mal.
Muitos trazem no peito o vulcão do ódio, exalando os
fluidos comburentes do fogo devorador que lhes consome a
vida, a se enovelarem, pouco a pouco, nas teias da
loucura, quando o crime não lhes colhe a existência;
outros transportam no coração a chaga da cobiça ou da
inveja a verminar-lhes o seio e ainda outros se abismam
nos labirintos da ambição desregrada, abrindo para si
mesmos a cova de dor, a que descerão para a bênção
expiatória…
Outros muitos, sofrem, no imo d’alma a infestação do
vício que os transforma em presa fácil dos empreiteiros
da sombra e quase todos padecem na própria mente o
assalto da ignorância em que se fazem, desavisados,
instrumentos soezes da miséria e da insânia em
verdadeiro flagelo público.
Renteando com eles — pobres irmãos nossos que elegeram
para si próprios a condição penosa de detratores —
trata-os por doentes necessitados de socorro e
medicamento.
Conhecendo-os, de perto, lembrou Jesus no monte a
bem-aventurança reservada no mundo aos que exerçam o
perdão e a misericórdia.
E é ainda por esse motivo que, à última hora, circulado
por eles, nos tormentos da cruz, o Senhor recomendou-os
à Tolerância Divina, e, ao invés de aceitar-lhes
injúrias e desafios, preferiu segregá-los no hospital da
oração.
Do livro Alvorada do Reino, mensagem
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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