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por Cláudio Bueno da Silva

 

Minha conversão


Uma autêntica revolução teve início em minha vida com a leitura de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, por volta do ano de 1976. A partir daí comecei a enxergar mais claramente o caminho que deveria seguir. Aos poucos as coisas passaram a ter novo significado e valor para mim.

Não que as dificuldades e problemas tivessem desaparecido magicamente, mas a explicação lógica e racional que me chegava então sobre fatos e acontecimentos da vida, fazia sentido e atendia às minhas expectativas de compreensão.

Hoje, quando olho para trás, penso em como teria sido a minha vida se eu não tivesse me aproximado do conhecimento espírita. Provavelmente eu seria bem menor, e a minha visão de mundo seria bem outra.

O Espiritismo me permitiu compreender que há uma força extraordinariamente superior no universo, que eu chamo Deus, que a tudo organiza de forma justa e amorosa; me fez compreender que a vida é regulada por leis sábias e inteligentes que afastam a hipótese do acaso nas ocorrências da vida.

Compreendi que se há uma palavra que sintetize o objetivo da vida, essa palavra é evolução, e que se Deus é a causa primeira de todas as coisas, o amor é a sua matéria prima, e a Lei de Progresso é a sua ferramenta.

Ficou claro para mim que sem a reencarnação a vida em nosso plano não teria sentido algum, e que se assim fosse, a injustiça estaria decretada como obra de Deus, o que é inadmissível. A maldade e a injustiça são frutos amargos da imperfeição da alma. Deus não dá e não tira, não premia e não castiga, simplesmente faz aplicar as Suas Leis.

Com os estudos que fiz e a experiência, compreendi que toda ação no campo material ou mental é de responsabilidade do indivíduo que a produz, e por ela responderá, com ou sem atenuantes. Cada um é livre para escolher como acha que deve, e a felicidade ou a dor que experimenta decorrem das escolhas feitas.

Aprendi que o Espiritismo bem compreendido dá autoconfiança, coragem para enfrentar as dificuldades, calma em qualquer circunstância e, seguramente, serenidade ante a morte.

Estas sólidas convicções me fizeram crer menos e saber mais.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita