Dom Negrito, este é o nome de um cãozinho preto,
luzidio, simpático, para não dizermos espiritualizado,
que, recente e espontaneamente, aparecia nas sessões
públicas do “Luiz Gonzaga”: ele chegava, vagarosa e
respeitosamente, dirigia-se para o canto em que estava
Chico Xavier e ali ficava, como em estado de
concentração e prece, até o fim dos trabalhos.
A dona do D. Negrito encontrou-se com Chico e lhe disse:
— Imagine, Chico, o Negrito às segundas e sextas-feiras
desaparece das 20 às 2 horas da madrugada. E, agora, há pouco, é
que soube para onde vai: às sessões do “Luiz Gonzaga”. Isto tem
graça. Ele, que é um cão, consegue vencer os obstáculos e
procurar os bons ambientes e eu, que sou sua dona, por mais que
me esforce, nada consigo...
Chico Xavier, como sempre útil e bom, a consolou:
— Isto tem graça e é uma bela lição. Mas, não fique desanimada
por isso. Dom Negrito vem buscar e leva um pouquinho para sua
dona e um dia há de trazê-la aqui. Jesus há de ajudar. Os tempos
estão chegados, é uma verdade. Até os cães estão dando lições e
empurrões nos seus donos, encaminhando-os com seus testemunhos,
à Vereda da Verdade, por meio do Espiritismo, que esclarece,
medica, consola e salva.
Do livro Lindos casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.
|