A
evangelização e
o futuro
Quando fazemos
uma parada nas
tarefas diárias
de nossa vida
movimentada, e
estendemos nosso
olhar, nossa
percepção, para
o futuro,
percebemos que a
humanidade deve
tomar um novo
rumo, pois não é
mais possível
assistirmos
diariamente a
levas de
indivíduos
adentrarem a
sociedade
desprovidos de
um sentido
espiritual para
o viver,
desligados dos
ensinos morais
encontrados no
Evangelho, pois
são os
indivíduos
egoístas,
imediatistas e
materialistas
que estão
mantendo a
injustiça
social, a
corrupção, a
violência e
demais males que
desafiam o viver
social. As
paixões
desarvoradas e
os vícios de
toda ordem,
engendram
problemas
incontáveis,
favorecendo o
alcoolismo, o
consumo das
drogas, a
sexualidade
irresponsável, a
criminalidade e
tantas outras
coisas que
continuam a
preencher o
conteúdo das
mídias de
comunicação,
tendo por base o
egoísmo e o
orgulho que, por
sua vez, nos
remetem à
indiferença e ao
vazio
existencial,
lotando os
consultórios
médicos e
terapêuticos com
graves casos de
melancolia,
depressão,
transtornos os
mais diversos, e
tendência ao
suicídio. Diante
disso,
precisamos
trabalhar para
que o futuro
seja melhor, mas
o que devemos
fazer, qual é o
caminho?
A ciência, por
demais
materialista,
não nos
apresenta esse
caminho; a
religião
tradicional, por
ser dogmática,
não esclarece
convenientemente
o caminho a
seguir; a
filosofia, por
se perder em
teorias sem fim,
não nos oferta
um porto seguro;
então temos que
buscar esse
caminho, esse
novo sentido de
viver, numa
doutrina que
renove a
esperança, que
remeta o ser
humano para o
bem, que
alicerce sua fé
na razão, que
explique a
transcendência
da vida, e essa
doutrina está no
Espiritismo, ao
nos informar, e
comprovar, que
somos almas
imortais, que a
reencarnação
existe, que a
morte é apenas a
passagem para a
vida espiritual,
que estar neste
mundo é
oportunidade
evolutiva, e que
cada ser recebe
de acordo com o
que faz, de
acordo com o uso
do livre
arbítrio. E o
que indica o
Espiritismo para
que o nosso
futuro seja
melhor? Ele nos
diz que somente
encontraremos a
felicidade
quando
realizarmos a
transformação
moral nossa e da
coletividade, e
isso somente
acontecerá com a
aplicação da
educação, mas
não somente a
educação
intelectual,
como hoje
assistimos, e
sim a educação
moral.
A educação que
forma o caráter
é mais
importante que a
educação que
fornece
conhecimentos. A
educação que
corrige as más
tendências e
cria bons
hábitos, é mais
importante que a
educação que
realiza formação
técnica. Que
adianta termos
indivíduos que
saem dos bancos
escolares
diplomados, se
são desonestos?
Hoje aprendemos
mil coisas nas
escolas, mas nem
todas são úteis.
Se não
trabalharmos o
desenvolvimento
de valores, da
ética e do
sentimento,
continuaremos a
assistir agindo
na sociedade
pessoas
egoístas,
insensíveis,
indiferentes,
deixando-se
levar pelo amor
próprio, por um
individualismo
exagerado,
rasteiro, que
prioriza ganhos
materiais, mesmo
que em prejuízo
da coletividade
humana e da
natureza, afinal
o pensamento
materialista
enxerga apenas o
aqui e agora,
considerando que
é necessário
gozar todo o
possível antes
que a morte,
considerada o
fim de tudo,
anuncie sua
presença.
O Espiritismo,
lançando luz
sobre as
questões mais
intrincadas da
existência
humana,
respondendo às
mais diversas
questões com
lógica e fatos
observados e
estudados,
conclama o ser
humano para uma
nova visão sobre
a vida, dando
sentido pleno à
solidariedade, à
fraternidade e à
caridade. Faz
com que pensemos
não apenas em
nós, mas em
todos, visando o
bem que seja bom
para todos, e
não apenas para
um grupo
mesquinho que
quer apenas se
locupletar,
açambarcar
aquilo que deve
ser do coletivo.
Então,
compreendemos
que somente a
educação moral
na luz da
imortalidade
pode transformar
a humanidade.
Mas essa
educação não é
possível de
acontecer sem a
base segura do
Evangelho, aqui
entendendo que
falamos dos
ensinos morais
trazidos por
Jesus, pois
esses ensinos
morais são
universais e
atemporais, são
o elo de ligação
de todas as
religiões e
também de todas
as filosofias
espiritualistas,
possuindo origem
divina, sendo,
pois, o roteiro
seguro a seguir
para a
implantação de
um futuro muito
diferente do
presente, um
futuro de paz e
harmonia entre
os homens.
É nesse sentido
profundo que
Francisco
Spinelli,
através da
mediunidade de
Divaldo Pereira
Franco, em
mensagem
publicada no
livro Crestomatia
da Imortalidade,
nos adverte:
“A criança
ainda é o
sorriso do
futuro na face
do presente.
Evangelizá-la é,
pois,
espiritualizar o
porvir,
legando-lhe a
lição clara e
pura do
ensinamento
cristão, a fim
de que,
verdadeiramente,
viva o Cristo
nas gerações de
amanhã. A tarefa
de edificar o
Reino de Deus no
coração juvenil
é a nossa atual
gloriosa tarefa:
salvar o futuro!”
Nossa
responsabilidade,
como adeptos do
Espiritismo, é
imensa, pois
sabemos a
verdade sobre a
vida imortal;
sabemos que
temos pela
frente novas
encarnações;
somos
conscientes que
sempre
colheremos,
amanhã, de
acordo com o que
semeamos hoje. É
por tudo isso
que devemos
encarar a
Evangelização
Espírita como
missão,
preparando as
crianças, que
são espíritos
reencarnados,
para serem os
homens e
mulheres de bem
que a humanidade
tanto necessita,
e que, no
futuro, haverão
de nos acolher
no processo da
reencarnação, do
nascer de novo.
É através da
evangelização
espírita, que
engloba a
educação moral,
que salvaremos o
futuro, não há
outro caminho.
Jesus é nosso
mestre, nosso
guia e modelo,
como nos revelam
as vozes que vem
dos céus através
da mediunidade.
O que estamos
esperando para
evangelizar? O
que estamos
esperando para
ligar as novas
gerações ao
Evangelho,
revivido em
espírito e
verdade pelo
Espiritismo?
Salvemos o
futuro,
lembrando que
esse futuro é o
nosso próprio
amanhã!
Marcus De Mario
é escritor,
educador,
palestrante;
coordena o Seara
de Luz, grupo
online de estudo
espírita; edita
o canal
Orientação
Espírita no
YouTube; possui
mais de 35
livros
publicados; é
editor-chefe da
Revista Educação
Espírita.