Alfabetização espiritual
Alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e a
sua utilização como um código de comunicação entre as
pessoas. Não se trata apenas de saber ler e escrever,
mas também na capacidade de interpretar, compreender,
criticar e produzir conhecimento.
Acredita-se que os alfabetos atuais tenham origem no
alfabeto consonantal que surgiu no Egito por volta de
2.000 a.C. Anteriormente, a forma de comunicação escrita
era o cuneiforme mesopotâmico e os hieróglifos egípcios.
O mais utilizado no mundo atualmente é o alfabeto
latino, derivado do grego, que por sua vez veio do
fenício.
A alfabetização é uma condição fundamental ao
crescimento intelectual e à socialização da pessoa,
permitindo a troca de conhecimentos e de informações, o
acesso à cultura em geral e o pleno exercício da
cidadania. Exatamente por isso, promove o
desenvolvimento da sociedade e maior bem-estar ao povo.
Nossa Constituição Federal afirma que a educação é um
direito de todos e dever do Estado e da família (artigo
205), mas no Brasil e em muitos outros países ainda são
milhões de pessoas no grupo dos analfabetos reais ou
funcionais. Estima-se que o número de analfabetos no
mundo se aproxime de 800 milhões.
A Doutrina Espírita e muitas religiões e filosofias
sérias também se preocupam com a alfabetização
espiritual, que é o preparo da pessoa para o
entendimento das coisas divinas e que tem a ver com a
nossa essência, que extrapola os limites da matéria.
Somos um Espírito imortal vestindo momentaneamente um
corpo de carne, para aqui neste planeta passarmos por
experiências evolutivas. Somos preexistentes ao corpo e
a este sobrevivemos, para prosseguirmos pelo tempo
infinito até alcançarmos a condição de Espíritos puros e
não mais precisarmos reencarnar.
Esse conhecimento muda a maneira como encaramos as
aflições terrenas, aceitando-as como provas a vencer com
paciência, serenidade, fé, coragem e perseverança,
preparando-nos para a inevitável morte do corpo de carne
e o retorno da alma ao mundo espiritual.
E para que essa volta seja tranquila, devemos ainda, e
principalmente, aprender a ler na cartilha do Evangelho,
cujos ensinamentos constituem um verdadeiro código moral
a nortear a nossa vida no caminho do bem
individual e coletivo.
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