Regras e limites orientam a criança
Nunca ajude uma criança numa tarefa que ela se sente
capaz de fazer. Maria
Montessori
As
crianças precisam de limites. Regras claras, explicações
simples, bons exemplos.
Casa sem regras? Pouco a pouco a criança começa a se
sentir ansiosa e angustiada, pois não consegue saber
como proceder. E quando tenta fazer algo, é impedida
pelo adulto, sem entender o motivo: há dias em que pode
comer a banana no lugar do almoço, mas há dias que não!
Isso só embaraça a vida da criança…
É
bom insistir: com os filhos pequenos, no dia a dia, não
basta só falar; é preciso dar o exemplo. Então, se você
quer que o seu filho jogue papel no lixo, você precisa
fazer isso também… E ele precisa vê-lo fazer isso muitas
vezes.
De
outro lado, estabelecer e fazer cumprir regras e limites
exige que o pai ou a mãe explique, negocie e seja
tolerante, pois o aprendizado depende da repetição.
Obviamente, e por vezes, a criança pode reclamar,
teimar, resistir – não querer guardar os brinquedos,
vestir o casaco, escovar os dentes, dormir cedo. Os
pais, então, devem estar cientes de que a consistência é
a chave para o sucesso no cumprimento de regras e
limites. Ou seja, a criança tem que saber exatamente
quais serão as consequências do descumprimento de certas
regras, e estas, por sua vez, devem sempre ser aplicadas
de forma consistente e coerente. Por exemplo: não fez a
tarefa da escola? Ficará a manhã sem andar de bicicleta
ou perderá o direito de assistir ao desenho preferido…
Na
condução das regras e limites, os adultos precisam
lembrar-se da utilidade da paciência! Na fase inicial da
vida de um ser humano os aprendizados são difíceis e
muitas vezes desafiadores, mas, com o tempo, a relação
pais e filhos se tornará mais fácil e a criança se
sentirá mais ajustada e preparada para lidar com as
regras e os limites estabelecidos para a família.
É
fundamental, portanto, ser firme nas decisões, mas sem
deixar de dar atenção e amor à criança.