Na senda diária
Pensa, pelo menos de quando em quando, nos irmãos que se
congelaram em pessimismo e nas grandes tarefas
interrompidas, à míngua de amparo, lembrando terras
fecundas largadas à esterilidade e ao abandono, por
falta de amor.
Ao redor de ti, enxameiam corações sequiosos de
entendimento e colaboração, a esperarem quase que
unicamente pelo toque mágico de uma palavra boa, a fim
de se inflamarem nos dons do serviço.
Não admitas a presença do desânimo à tua mesa de
fraternidade e harmonia.
Oferece a quantos te busquem alento e convívio o pão
substancioso do entusiasmo que te alimenta as
realizações.
Semeia esperança e coragem no solo do espírito. Recorda
a chuva criadora e o orvalho nutriente com que a
natureza levanta as energias da Terra e oferece aos
outros o melhor de ti mesmo.
O próximo é a nossa ponte para o mundo. Mostra-te agindo
e servindo para a vitória do bem e a tua mensagem será
irradiada por todos aqueles que te assinalem o trabalho
ou te escutam a voz.
Em toda parte, sentimo-nos à frente da comunidade, à
maneira de quem se vê defrontado pela própria família
expectante.
Fornece simpatia e admiração, bondade e otimismo.
Beneficência não é tão só o dispensário de solução aos
problemas de ordem material; é também, e muito mais, o
pronto socorro à penúria de espírito.
Detém-te a refletir nos companheiros cansados, tristes,
desiludidos, desencorajados, abatidos ou exaustos que te
cruzam a estrada e distribui com eles a paz e a
renovação.
Qual acontece com os outros, tens igualmente a tua obra
a realizar e a porta do auxílio abre-se de dentro para
fora.
Se alguém precisa de ti, também precisas de alguém. Dar
será sempre o melhor processo de receber.
Do livro Chico Xavier pede licença, mensagem
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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