Uma reportagem publicada pela revista Contigo, de
9 de março de 1993, confundiu uma parcela do público,
que ficou com dúvida quanto à origem das mensagens
psicografadas publicadas na mesma matéria, em que Chico
Xavier aparece ao lado de Glória Perez.
Teria a jovem Daniela, então recentemente desencarnada, enviado
mensagens por intermédio do médium de Uberaba?
A resposta é não. Embora um pouco confuso, o texto da referida
reportagem traz a foto e o nome da médium paulista responsável
pela psicografia.
Com o esclarecimento que damos aos leitores, temos a
oportunidade de meditar, mais uma vez, sobre os valores
altamente éticos e morais das mensagens recebidas por Chico
Xavier.
Nelas, “os mortos” nunca incriminam “os vivos” e nem apontam
culpados à polícia. Já os vimos, por diversas vezes, pedir
clemência à Justiça pelos inocentes, que respondem a processo
criminal nos tribunais terrenos. E constatamos a súplica de
alguns aos pais e amigos, para que perdoem o assassino,
responsável por sua morte física.
No livro A Vida Triunfa, de autoria de Paulo Rossi
Severino, foram estudadas 45 cartas mensagens recebidas por
Chico Xavier. Nele, há farto material ilustrativo sobre esses
valores éticos e morais: Carlos Teles Sobral Jr. (caso 43)
nasceu no Brasil, mas morava em Portugal, onde apareceu morto
aos 25 anos. A polícia de Cascais catalogou o caso como sendo de
suicídio. Três meses após sua morte, enviou mensagem aos pais,
esclarecendo que tinha sido assassinado, mas não revelou o nome
do autor do crime e aconselha-os a dar o caso por encerrado.
Maurício Garcez Henrique (caso 21), em comovente mensagem, pede
à mãe que inocente o seu amigo José Divino Nunes que responde a
processo, acusado de tê-lo assassinado. Orimar de Bastos, juiz
da 6a Vara de Goiânia, absolveu o réu com base na
carta psicografada.
Contudo, mesmo não psicografando mensagem da filha, o encontro
com Chico Xavier foi importante para Glória Perez. Ponderado e
prudente, o médium afirmou que Daniela estava passando por um
período de descanso e que ainda era cedo para que ela enviasse
mensagem.
Do livro Lições de Sabedoria, de Marlene Rossi Severino
Nobre.
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