Humorismo nos costumes modernos
A cachaça assim começa:
Por hoje é um trago gentil,
Amanhã, é o copo grande,
Depois, é balde e barril.
Para certos pais da Terra,
Quando a questão é de amor,
A filha é mercadoria,
À espera de comprador.
Se o beijo desse bacilos,
Na comunhão que o mantém,
Na superfície da Terra,
Não havia mais ninguém.
A dupla de namorados,
Quando está em cena muda,
É pólvora junto ao fogo,
E o resto é “Deus nos acuda”.
Discernimento constante
Deve alertar a pessoa,
A erva má cresce mais
Onde encontra a terra boa.
Lamentável agressão,
Rude golpe sem sentido:
Aborto sem precisão
Sempre que for permitido.
Não queiras facilidades,
Nem mesmo de contrabando…
Onde o pasto é pobre e curto,
A boiada vai andando…
Aviso nobre da vida
No caminho teu ou meu:
A festa melhor do mundo
É aquela que se perdeu.
Beber cachaça no engenho
É sempre de triste efeito
Mas a cachaça enfeitada
Perturba do mesmo jeito.
São dois quadros deprimentes
Que hoje encontro na rua:
Meninos vagando à solta
E fotos de gente nua.
Do livro Humorismo no Além, poema psicografado
pelo médium Francisco Cândido Xavier.