Tema: Autoestima e livre-arbítrio
De bem com a vida
Filó, a joaninha, acordou cedo.
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— Que lindo dia! Vou aproveitar para visitar minha tia.
— Alô, tia Matilde. Posso ir aí hoje?
— Venha, Filó. Vou fazer um almoço bem gostoso.
Filó colocou seu
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vestido amarelo de bolinhas pretas, passou batom
cor-de-rosa, calçou os sapatinhos de verniz, pegou o
guarda-chuva preto e saiu pela floresta: plecht,
plecht...
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Andou, andou... e logo encontrou Loreta, a borboleta.
— Que lindo dia!
— E pra que esse guarda-chuva preto, Filó?
— É mesmo! — pensou a joaninha. E foi para casa deixar o
guarda-chuva.
De volta à floresta:
— Sapatinhos de verniz? Que exagero! — disse o sapo
Tatá. Hoje nem tem festa na floresta.
— É mesmo! — pensou a joaninha. E foi para casa trocar
os sapatinhos.
De volta à floresta:
— Batom cor-de-rosa? Quisquisito! — disse Téo, o grilo
falante.
— É mesmo! – disse a joaninha. E foi para casa tirar o
batom.
— Vestido amarelo com bolinhas pretas? Que feio! Por que
não usa o vermelho? – disse a aranha Filomena.
— É mesmo! - pensou Filó. E foi para casa trocar de
vestido.
Cansada de tanto ir e voltar, Filó resmungava pelo
caminho. O sol estava tão quente que a joaninha resolveu
desistir do passeio.
Chegando em casa, ligou para tia Matilde.
— Titia, vou deixar a visita para outro dia.
— O que aconteceu, Filó?
— Ah! Tia Matilde! Acordei cedo, me arrumei bem bonita e
saí andando pela floresta. Mas no caminho...
— Lembre-se, Filozinha... gosto de você do jeitinho que
você é. Venha amanhã, estarei esperando-a com um almoço
bem gostoso.
No dia seguinte, Filó acordou de bem com a vida. Colocou
seu vestido amarelo de bolinhas pretas, amarrou a fita
na cabeça, passou batom cor-de-rosa, calçou seus
sapatinhos de verniz, pegou o guarda-chuva preto, saiu
andando apressadinha pela floresta, plecht, plecht,
plecht... e só parou para descansar no colo gostoso
da tia Matilde.
Texto de Nye Ribeiro do site
www.culturagenial.com