Infusões e infância
A
infância é o tempo de maior criatividade na vida de um
ser humano.
Jean Piaget
Faz
bem ensinar às crianças o bom hábito das infusões.
Hortelã, camomila, melissa, funcho…
Desde
pequena eu gostava das infusões. Preferia a bebida
quente, mesmo nos dias de verão.
Poejo
minha mãe fazia para as horas de resfriado, tirando-nos
também o leite e derivados. Ainda, insistia com o
alecrim, afirmando que a infusão de suas folhas secas
fortalece o coração e cura o corpo…
Para as
mães que estão acolhendo gente no comecinho da vida em
casa: a erva-doce ajuda o bebê com cólica e, ainda,
quando ele está nervoso, muito agitado…
Malva, por
exemplo, é infusão ideal para os casos de dor de
garganta, enquanto a folha de goiabeira é sugerida para
as diarreias, lembrando que em excesso pode provocar
prisão de ventre!
No caso de
infusões? Nada de exageros. Ou seja, mesmo no caso de
plantas, ervas e flores, fazer uso de prudência e de
parcimônia, quando o assunto é a infância, os nossos
filhos pequenos.
Nos tempos
do (meu) aprendizado primário, gostava de levar para a
escola o chá de hortelã, sobretudo nos dias quentes,
secos. Por sua vez, no inverno, dias frios ou chuvosos,
o chá de camomila, bem quentinho, que inundava a
garganta de bondade e alegria.
E você?
Prefere anis ou tília? E seus filhos?
Notinhas
Todas as
preparações que não são feitas com Camellia sinensis são,
na verdade, chamadas de infusões ou decocções (não são
usadas com as crianças). Os chás assim são sempre
preparados com a planta Camellia sinensis, que dá
origem aos chás verde, preto, amarelo, azul ou oolong,
chá branco e o chamado dark tea, também conhecido
como chá vermelho ou puerh.
A infusão
é a bebida preparada com as partes mais frágeis de
outras plantas que não a Camellia sinensis, como
é o caso da camomila, funcho ou dente-de-leão, por
exemplo. Esta técnica preserva o óleo essencial das
plantas e normalmente é usada para preparar "chás" a
partir de folhas, flores e frutos moídos.