Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Cozinhar com as crianças promove aprendizados e boas memórias


Cozinhar é um modo de amar os outros.
 Mia Couto


Gostava de ajudar na cozinha quando era meninazinha. Certamente isso colaborou com o meu apreço por caçarolas e panelas, o prazer em descobrir receitas e reinventar pratos simples.

Na cozinha da Rosa, nossa cozinheira querida, eu lavava tomates bem vermelhos, escolhia as verduras frescas para a salada, batia com a colher de pau o bolo de cenoura e também o de maçã. Encantava-me adicionar a manteiga, feita em casa, para preparar a farofa da cuca, meu quitute preferido ao longo da minha vida.

Ao cozinhar com uma criança, você pode estabelecer pequenas tarefas cujo cumprimento a ajudarão a participar do preparo da comida. Por exemplo, lavar os legumes para fazer a sopa, bater a massa do bolo de iogurte ou, ainda, lavar os utensílios de cozinha que responderam pelo lanche da tarde.

O ato do cozinhar, de participar do preparo das refeições, estimula o aprendizado sensorial (tamanho, cor, consistência), educa o paladar, amplia o repertório, treina conteúdos que são vistos na escola, sobretudo aqueles que envolvem as ciências da natureza: mandioca é raiz; tomate é fruta, canela é especiaria obtida de árvore…

Passar tempo na cozinha, orientada pela família, ensina não só a criança a cozinhar, mas assegura algo muito relevante, que é o fortalecimento dos laços familiares, promovendo momentos lúdicos que se tornarão, mais tarde, memórias afetivas positivas…

Não decidiu ainda o jantar? Chame seu filho para elegerem juntos se será sopa, sanduíche, saladinha … ou seja, tudo muito adequado à idade da criança.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita