Tema: Respeito à natureza; desperdício
Água, presente divino
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Perto da casa onde Zequinha morava com seus pais passava
um riozinho, que já tinha sido um rio muito grande
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tempos atrás. O pai de Zequinha costuma contar
que pescava muito nesse rio quando criança,
depois os peixes foram diminuindo bastante, e
hoje raramente alguém consegue um peixe nele. |
Era
esse rio o responsável por boa parte da água da cidade.
Pena que muitas pessoas não se davam conta disso e
desperdiçavam esse presente de Deus sem pensarem nas
consequências que isso poderia acarretar. O próprio
Zequinha era uma dessas pessoas, pois toda vez que
tomava banho sua mãe precisava chamar sua atenção:
“Zequinha você já está bem limpo, chega de gastar tanta
água, menino!”
Quando ele escovava os dentes era a mesma história.
Apenas para lavar as mãos ele gastava tanta água que
quase dava para tomar um banho, e para completar nunca
fechava direito a torneira.
Sua
mãe precisava vigiá-lo sempre e ele ainda respondia para
a mãe: “Está bem, eu vou pegar algumas moedas do meu
cofrinho para ajudar pagar a conta da água!", achando
que a mãe reclamava por causa do dinheiro.
Um
dia seu pai explicou que não desperdiçar o dinheiro
também era importante, mas o mais sério era o
desperdício da água. Falou que todos nós deveríamos usar
sabiamente esse presente que Deus nos deu para que
pudéssemos desfrutá-lo sempre.
Mas
Zequinha parecia não estar muito interessado... O garoto
também não era dos mais cuidadosos com o lixo. Se não
encontrasse uma lixeira bem próxima dele jogava o lixo
em qualquer lugar, até mesmo no rio.
Numa noite Zequinha teve um sonho. Sonho não, foi um
pesadelo! Ele passava sobre a ponte do riozinho quando
retornava da escola e jogou um copinho plástico na água
e ficou observando os círculos que se formavam. Foi
quando algo estranho começou acontecer: o rio parecia
estar ficando furioso, se movimentava rapidamente e
fazia um som parecendo um lamento ou xingamento.
Zequinha não entendeu muito bem aquilo, mas as águas
foram tomando uma forma irregular onde se percebiam
claramente olhos e boca em meio àquela água que se
movimentava. E essa forma falou: “Eu sou o guardião das
águas e estou ficando muito triste com tudo isso que vem
acontecendo! As pessoas não respeitam os rios, muitas
acham que eles viraram depósitos de lixo, esquecem que
lugar de lixo é no lixo! E você que é jovem, e parece
bastante esperto, está dando um tremendo mau exemplo!
Pense no que está fazendo, na maneira como vem usando a
água e nunca mais jogue qualquer coisa, por menor que
seja, nos rios! Agindo assim você está desrespeitando o
nosso Pai Maior que é Deus, pois Ele nos dá a água para
usarmos com sabedoria. Pense, pense, pense...”
E
aquela bolha gigante, com a voz já sumindo, jogou para
fora o copinho plástico e foi diminuindo, diminuindo. O
rio foi desaparecendo junto, restando apenas uma
paisagem triste com a terra seca e rachada.
Zequinha tremia feito vara verde. O sol foi ficando mais
quente e ele começou sentir uma grande sede, quando
acordou: “Puxa vida que pesadelo, vou beber água!”.
Enquanto saboreava aquela água começou a lembrar-se do
sonho e fechou bem a torneira.
No
dia seguinte, ainda bastante impressionado, contou o
sonho à sua mãe, com todos os detalhes, pois estavam
vivos na sua memória, e disse que agora entendia por que
ela reclamava tanto do desperdício de água que ele
costumava fazer.
Zequinha teve uma grande lição e em poucos dias já se
podia notar uma grande mudança em suas atitudes. Começou
até a cobrar dos amigos e colegas ações de mais respeito
para com a água, maravilhoso presente do Criador.
(Texto de Cleusa
Lupatini, do site www.searadomestre.com.br)