Joias da poesia
contemporânea

Autoria: Cornélio Pires

 

Amparo


O espírita de casca, Bino Zeca,

Brigou no Centro e, então, falando grosso,

Batia a mão na frente do pescoço

E mostrava o tutano da munheca.

 

Aqui e ali corria de forreca…

Na sessão de domingo, antes do almoço,

Ia bater na cara de João Moço,

Passista do Sítio da Peteca.

 

Quinta-feira, nas preces de irmã Nice,

Pediu amparo ao guia e o guia disse:

— “Você será tratado com respeito”.

 

Mas no dia da grande trapalhada

Bino acordou de perna toda inchada

E ardeu com febre até mudar de jeito.


Do livro Cartas do Altosoneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita