A dádiva difícil
Não avançarás ao longo do caminho, sem doar algo de ti
mesmo.
Aqui, é o companheiro que te roga assistência fraterna.
Além, é o desconhecido que te pede arrimo e esperança.
Agora, é o amparo aos desvalidos.
Depois, é o socorro aos enfermos.
À maneira da embarcação que distribui os valores de que
se enriquece, espalharás, seja onde fores, os bens que o
Senhor te confia.
O pão, a moeda e o agasalho são recursos da Terra em
tuas mãos.
Fácil será sempre mobilizá-los e estendê-los.
Atenta, contudo, para a dádiva difícil que sai do
coração.
O próprio sacrifício, em favor dos outros, é plantação
de felicidade no ambiente em que respiramos.
Aprende a calar para que teu irmão fale mais alto.
Esquece as ofensas alheias, compreendendo que poderiam
ter sido perpetradas por ti próprio.
Apaga-te para que a luz do próximo seja vista.
Dá de ti mesmo em humildade, paciência, brandura,
abnegação e amor…
Jesus, transmitindo as bênçãos do Céu de que se fazia
portador, era o Médico Providencial dos sofredores na
região em que se mantinha, mas aceitando o supremo
sacrifício de si mesmo, na cruz, converteu-se em Divino
Benfeitor da Humanidade inteira.
Não olvides que a renunciação aos próprios caprichos, na
exaltação do bem de todos, será sempre no mundo a tua
dádiva maior.
Do livro Mais perto, mensagem
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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