Sacudidos e derrubados
Esta curiosa expressão que uso como título lembra
movimentos bruscos, inesperados, produtos de choques
elétricos, desabamentos, rompimentos variados, tremores
de terra, raios que atingem pessoas ou construções e
mesmo árvores. Ou ainda enchentes que devastam cidades e
outros acidentes com veículos variados, podendo causar
mortes ou não, com desdobramentos que se perdem no
infinito. E que variam em sua intensidade, a depender de
determinadas circunstâncias. Ruídos e pancadas, de forma
ordenada ou desordenada, objetos movidos ou mantidos em
suspensão... num verdadeiro caos desafiando a observação
mais atenta.
Agora imagine um movimento que, sem se saber a origem,
demonstra velocidade ou lentidão, agressividade ou
mansidão, e de certo modo demonstre algum grau de
inteligência. Ou que submetido a perguntas, respondia
por códigos combinados pelo número de pancadas no chão,
por exemplo, para atender ao Sim ou Não.
Códigos que evoluíram depois para diálogos, embora
lentos e cansativos.
Isso causou perplexidade numa época e levou grande
pesquisador a ir descartando cada hipótese que pudesse
explicar a origem daqueles fatos, submetendo-os a
rigoroso exame de observação e experiência. Foi a época
das chamadas mesas girantes, que foi o mecanismo
que os espíritos se valeram para demonstrarem que eles,
os espíritos, nada mais são do que homens e mulheres
após a morte do corpo, habitando o mundo espiritual, e
capazes de entrar em contato com aqueles que habitam a
vida material.
Dessa chamada de atenção à humanidade, um pedagogo de
renome levantou sérias pesquisas de observação, com
rigoroso método, que resultaram na constatação da
existência de vida após a morte, pois que os próprios
protagonistas desses fenômenos vieram revelar a condição
em que viviam, onde estavam, e especialmente demonstrar
a imortalidade da alma.
Daí resultou O Livro dos Espíritos, que deu
origem às demais obras da chamada Codificação Espírita.
O pedagogo adotou o pseudônimo de Allan Kardec para
publicar as obras e a história se amplia
consideravelmente, com desdobramentos bem conhecidos.
Você pode conhecer amplamente essa narrativa, com
raciocínios claros e repleto de detalhes, nos itens III
a V na Introdução do próprio O Livro dos
Espíritos, seguido do VI que apresenta os pontos
principais da Doutrina que apresentaram.
A propósito, os objetos – claro – não tinham vida
própria nem raciocínio. O movimento que faziam, esse
sim, era acionado por inteligências invisíveis ao olhar
humano, mas reais. Esse acionamento é feito valendo-se
de recursos que você também vai conhecer estudando a
Codificação. No caso dos fenômenos provocados, como os
acima citados e outros, especialmente você entenderá com
o estudo de O Livro dos Médiuns, o segundo da
série.
E então entenderá esses fenômenos, de movimento de
objetos, e outros, como a psicografia, a psicofonia, a
vidência e os demais, num universo que se abre para a
pesquisa. Inclusive da cura, da visão à distância, da
aparição ou materialização daqueles que já habitam a
vida imortal e sem cessar agem sobre o chamado mundo dos
vivos. O assunto não se esgota e a vasta literatura está
à sua espera para ampliar esses conhecimentos.