Não podemos esquecer-nos do
Alzheimer
Demência é um termo usado para várias doenças
que afetam a memória, o pensamento e a
capacidade de realizar atividades diárias.
Resulta de uma variedade de doenças e lesões que
afetam o cérebro. O mal de Alzheimer é a forma
mais comum de demência e pode contemplar entre
60 e 70% dos casos.1
O dia 21 de setembro foi escolhido pela
Associação Internacional do Alzheimer como
representante do Dia Mundial de Conscientização
da Doença de Alzheimer, um dia que não deve e
não pode ser esquecido. O objetivo foi o de
fortalecer a divulgação de informações sobre os
principais sintomas da doença, suas propostas de
tratamento e como aconselhar os familiares sobre
o modo de lidar com esses doentes.
Aloysius Alzheimer – 14/06/1864-19/12/1915 – foi
um psiquiatra alemão conhecido por descrever em
1906 a patologia que recebeu o seu nome: doença
de Alzheimer ou mal de Alzheimer. Ele observou
uma alemã saudável - Auguste Deter - que, aos 51
anos, desenvolveu um quadro de perda progressiva
de memória, desorientação, distúrbio de
linguagem (com dificuldade para compreender e se
expressar), tornando-se incapaz de cuidar de si.
Após o falecimento da paciente, aos 55 anos,
Alzheimer examinou seu cérebro e descreveu as
anomalias que hoje são conhecidas como
características dessa moléstia.
O Mal de Alzheimer é uma enfermidade incurável,
que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve
ser tratada, pois pode-se retardar o seu avanço.
Grande parte das suas vítimas são pessoas idosas
- acima de 65 anos. Talvez, por isso, a doença
tenha ficado erroneamente conhecida como
“esclerose” ou “caduquice”.
Células se deterioram (neurônios) de forma lenta
e progressiva, provocando uma atrofia do
cérebro. Em consequência, a memória e o
funcionamento mental são afetados, além de
mudanças de humor e desorientação no tempo e no
espaço.
Caracteriza-se por esquecimentos progressivos:
iniciando com a chamada memória curta,
também denominada memória recente; em
seguida, o quadro vai-se agravando e o doente
começa a perder a lembrança de fatos mais
distantes no tempo, ou seja, a memória longa
ou distante; ao final, perde-se a chamada memória
da rotina, e o paciente não consegue mais
desenvolver tarefas triviais do cotidiano sem a
ajuda de outrem.
É como viver em um casarão todo iluminado e, aos
poucos, lâmpadas começarem a falhar em função do
uso continuado, cômodo por cômodo, até a
escuridão total.
Na visão do Espiritismo a doença se caracteriza
como provação/expiação, como se pode confirmar
por esses textos:
A alienação mental, sob qualquer aspecto
considerada, não deixa de ser áspera provação necessária
ao restabelecimento da paz no Espírito rebelde.2
Chama-me a atenção, porém, na atualidade, a alta
estatística de portadores do mal de Alzheimer,
padecendo de lamentável degeneração neuronal, em
processo expiatório aflitivo para eles
mesmos e para os familiares, nem sempre
preparados para essa injunção dolorosa.3
Entre os principais sinais e sintomas do
Alzheimer podemos relacionar:
* Falta
de memória para acontecimentos recentes;
* Repetição
da mesma pergunta várias vezes;
* Dificuldade
para acompanhar conversações ou pensamentos
complexos;
* Incapacidade
de elaborar estratégias para resolver problemas;
* Dificuldade
para dirigir automóvel e encontrar caminhos
conhecidos;
* Dificuldade
para encontrar palavras exprimindo ideias ou
sentimentos pessoais;
* Irritabilidade,
suspeição injustificada, agressividade,
passividade, interpretações erradas de estímulos
visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.4
Embora a doença não apresente cura, no momento,
pode-se atuar para retardar os seus efeitos por
meio de uma série de atitudes na vida presente,
mesmo cientes de que nossas condutas em
existências anteriores já tenham gravado em
nosso perispírito certas necessidades que se
expressam agora por meio de provas e expiações.
Algumas destas providências são:
* Trabalhar
a rigidez de caráter, evitando posturas
inflexíveis e conservadoras;
* Tentar
superar sentimentos de culpa, pois a vergonha
atormenta o faltoso;
* Orar
e vigiar para não ser aprisionado em processos
obsessivos graves;
* Buscar
a superação da depressão, caso exista,
eliminando também sentimentos doentios, tais
como o ódio e a mágoa;
* Manter
uma vida social saudável evitando o isolamento e
o sedentarismo;
* Ler
e estudar sempre, mantendo a mente em atividade
constante...
Além dessas medidas de prevenção, caso o quadro
da doença já esteja instalado, os familiares
podem lançar mão de terapias espirituais:
* Frequência
à casa espírita;
* Recepção
do passe magnético e da água fluidificada.
A prática do Evangelho no Lar – prevenção e
terapia -, também é de importância capital, bem
como o incentivo continuado ao estudo do
Espiritismo, visando obter esclarecimentos sobre
questões ligadas à culpa e ao remorso, tanto
quanto sobre as variadas formas da instalação de
processos obsessivos.
Referências:
1 Link-1 -
Acesso em: 24/06/2024.
2 FRANCO,
Divaldo Pereira. Entre dois mundos. Pelo
Espírito Manoel Philomeno de Miranda. ed. 3.
Salvador/BA: LEAL, 2004. Parasitoses Físicas.
cap. 15.
3 FRANCO,
Divaldo Pereira. Transtornos Psiquiátricos e
Obsessivos. Pelo Espírito Manoel Philomeno
de Miranda. ed. 1. Salvador/BA: LEAL,2008. As
obsessões sutis e insidiosas. cap. 7.
4 Link-2 -
Acesso em: 24/06/2024.