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por Rogério Miguez

 

Não podemos esquecer-nos do Alzheimer


Demência é um termo usado para várias doenças que afetam a memória, o pensamento e a capacidade de realizar atividades diárias. Resulta de uma variedade de doenças e lesões que afetam o cérebro. O mal de Alzheimer é a forma mais comum de demência e pode contemplar entre 60 e 70% dos casos.1

O dia 21 de setembro foi escolhido pela Associação Internacional do Alzheimer como representante do Dia Mundial de Conscientização da Doença de Alzheimer, um dia que não deve e não pode ser esquecido. O objetivo foi o de fortalecer a divulgação de informações sobre os principais sintomas da doença, suas propostas de tratamento e como aconselhar os familiares sobre o modo de lidar com esses doentes.

Aloysius Alzheimer – 14/06/1864-19/12/1915 – foi um psiquiatra alemão conhecido por descrever em 1906 a patologia que recebeu o seu nome: doença de Alzheimer ou mal de Alzheimer. Ele observou uma alemã saudável - Auguste Deter - que, aos 51 anos, desenvolveu um quadro de perda progressiva de memória, desorientação, distúrbio de linguagem (com dificuldade para compreender e se expressar), tornando-se incapaz de cuidar de si. Após o falecimento da paciente, aos 55 anos, Alzheimer examinou seu cérebro e descreveu as anomalias que hoje são conhecidas como características dessa moléstia.

O Mal de Alzheimer é uma enfermidade incurável, que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada, pois pode-se retardar o seu avanço. Grande parte das suas vítimas são pessoas idosas - acima de 65 anos. Talvez, por isso, a doença tenha ficado erroneamente conhecida como “esclerose” ou “caduquice”.

Células se deterioram (neurônios) de forma lenta e progressiva, provocando uma atrofia do cérebro. Em consequência, a memória e o funcionamento mental são afetados, além de mudanças de humor e desorientação no tempo e no espaço.

Caracteriza-se por esquecimentos progressivos: iniciando com a chamada memória curta, também denominada memória recente; em seguida, o quadro vai-se agravando e o doente começa a perder a lembrança de fatos mais distantes no tempo, ou seja, a memória longa ou distante; ao final, perde-se a chamada memória da rotina, e o paciente não consegue mais desenvolver tarefas triviais do cotidiano sem a ajuda de outrem.

É como viver em um casarão todo iluminado e, aos poucos, lâmpadas começarem a falhar em função do uso continuado, cômodo por cômodo, até a escuridão total.

Na visão do Espiritismo a doença se caracteriza como provação/expiação, como se pode confirmar por esses textos:

 

A alienação mental, sob qualquer aspecto considerada, não deixa de ser áspera provação necessária ao restabelecimento da paz no Espírito rebelde.2

 

Chama-me a atenção, porém, na atualidade, a alta estatística de portadores do mal de Alzheimer, padecendo de lamentável degeneração neuronal, em processo expiatório aflitivo para eles mesmos e para os familiares, nem sempre preparados para essa injunção dolorosa.3


Entre os principais sinais e sintomas do Alzheimer podemos relacionar:

* Falta de memória para acontecimentos recentes;

* Repetição da mesma pergunta várias vezes;

* Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;

* Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;

* Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;

* Dificuldade para encontrar palavras exprimindo ideias ou sentimentos pessoais;

* Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.4

 

Embora a doença não apresente cura, no momento, pode-se atuar para retardar os seus efeitos por meio de uma série de atitudes na vida presente, mesmo cientes de que nossas condutas em existências anteriores já tenham gravado em nosso perispírito certas necessidades que se expressam agora por meio de provas e expiações. Algumas destas providências são:

 

* Trabalhar a rigidez de caráter, evitando posturas inflexíveis e conservadoras;

* Tentar superar sentimentos de culpa, pois a vergonha atormenta o faltoso;

* Orar e vigiar para não ser aprisionado em processos obsessivos graves;

* Buscar a superação da depressão, caso exista, eliminando também sentimentos doentios, tais como o ódio e a mágoa;

* Manter uma vida social saudável evitando o isolamento e o sedentarismo;

* Ler e estudar sempre, mantendo a mente em atividade constante...

 

Além dessas medidas de prevenção, caso o quadro da doença já esteja instalado, os familiares podem lançar mão de terapias espirituais:

 

* Frequência à casa espírita;

* Recepção do passe magnético e da água fluidificada.

 

A prática do Evangelho no Lar – prevenção e terapia -, também é de importância capital, bem como o incentivo continuado ao estudo do Espiritismo, visando obter esclarecimentos sobre questões ligadas à culpa e ao remorso, tanto quanto sobre as variadas formas da instalação de processos obsessivos. 


Referências
:

1 Link-1 - Acesso em: 24/06/2024.

2 FRANCO, Divaldo Pereira. Entre dois mundos. Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. ed. 3. Salvador/BA: LEAL, 2004. Parasitoses Físicas. cap. 15.

3 FRANCO, Divaldo Pereira. Transtornos Psiquiátricos e Obsessivos. Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. ed. 1. Salvador/BA: LEAL,2008. As obsessões sutis e insidiosas. cap. 7.

4 Link-2 - Acesso em: 24/06/2024.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita