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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

Luz, caminhos e libertação


Falando novamente ao povo, Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida”. Com essas palavras Jesus conclamou todos nós para segui-lo, já que, cumprindo os seus preceitos, jamais passaremos pelas dificuldades de caminhar nas trevas.

Saindo dessa escuridão, que não deixa de ser um estado de ignorância, estaremos despertando para o conhecimento e o aprendizado constantes, atividades próprias de todos nós para o crescimento espiritual. Também do Mestre nós temos, segundo João 8.32: ”Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.

Obviamente que as trevas serão sempre empecilhos para o nosso desenvolvimento intelecto-moral. Esses obstáculos prejudicam a nossa visão transcendental deixando-nos vinculados somente à matéria. Sem a luz no âmbito espiritual, teremos sempre nossa mente turva que nos impede de atingir o raciocínio lúcido que descortinará horizontes benfazejos para a nossa evolução.

Jesus também disse, segundo Mateus 5:16: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. Observemos que essa assertiva somente ocorrerá se tivermos Jesus como guia e modelo, conforme temos em O Livro dos Espíritos, questão 625: “Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? Resposta: Jesus.

Essa condição é imperiosa e jamais será modificada. Quando deixamos de praticar o Evangelho que o Mestre nos legou, estamos permanecendo nessas “trevas” que desalinham o nosso caminhar a partir do pensamento até às atitudes que maculam as nossas existências. Nossos olhos físicos são limitados e o discernimento enraizado na consciência lúcida é que nos oportunizará a visão ampla da necessidade de crescimento espiritual.

Atentemos para a centelha divina que adormece em nosso interior e que precisa eclodir e expandir seu brilho. Essa luz não trará benefícios só para nós. Ela irradia por onde andamos e favoreceremos todos aqueles que nos rodeiam e convivem conosco. Esse esplendor podemos entender como sendo a reação de um indivíduo que anda aos tropeços na escuridão e, quando menos espera, o dia começa a clarear com o Sol iluminando o seu caminho. Esse exemplo serve para todos nós carentes da Luz Divina que Jesus nos ofereceu com seu Evangelho, para que pudéssemos atingir a almejada redenção.

No livro Caminho, Verdade e Vida, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, cap. 180, encontramos: “A angústia de nosso plano procede da sombra. A escuridão invade os caminhos em todas as direções. Trevas que nascem da ignorância, da maldade, da insensatez, envolvendo povos, instituições e pessoas. Nevoeiros que assaltam consciências, raciocínios e sentimentos. Em meio da grande noite, é necessário acendamos nossa luz. Sem isso é impossível encontrar o caminho da libertação”.

Temos, ainda no livro O Problema do Ser, do Destino e da Dor, de Léon Denis, pg.126: ”Todas as correntes do passado se encontram, juntam-se e confundem-se em cada vida. Contribuem para fazer a alma generosa ou mesquinha, luminosa ou escura, poderosa ou miserável”.

Essa realidade leva-nos à reflexão e nos dá a certeza de que tudo que praticamos de forma delituosa, constrangendo as Leis de Deus, terá obrigatoriamente que ser reparado. Jesus com a sua misericórdia deixou-nos a palavra e o exemplo, que se constituem naquilo de que precisamos para evoluir.  

No livro Psicologia do Espírito, de Adenauer Marcos Ferraz de Novaes, págs. 71 e 74, temos: (...) “O Espírito evolui reconfigurando-se, capacitando-se a melhor entender e viver no Universo. Sua evolução significa capacidade de lidar com o que Deus dispôs.  Necessariamente não significa adquirir grande quantidade de informações. (...) A ascensão do Espírito à condição de Espírito Puro é o trabalho de Deus, Sua obra de arte e Sua ocupação mais bela e grandiosa. Isto posto, não nos resta outra alternativa para que cheguemos à plenitude espiritual”.

Abracemos essa dádiva que nos favorece em todos os momentos de nossas existências, cuja luz que recebemos desabrocha a centelha adormecida que temos como bênção do Criador. Disso dependerá a nossa libertação. (Libertação é fruto da vontade, perseverança, fé e esperança.)


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita