Luz, caminhos e libertação
Falando novamente ao povo, Jesus disse: “Eu sou a luz do
mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a
luz da vida”. Com essas palavras Jesus conclamou todos
nós para segui-lo, já que, cumprindo os seus preceitos,
jamais passaremos pelas dificuldades de caminhar nas
trevas.
Saindo dessa escuridão, que não deixa de ser um estado
de ignorância, estaremos despertando para o
conhecimento e o aprendizado constantes, atividades
próprias de todos nós para o crescimento espiritual.
Também do Mestre nós temos, segundo João 8.32:
”Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Obviamente que as trevas serão sempre empecilhos para o
nosso desenvolvimento intelecto-moral. Esses obstáculos
prejudicam a nossa visão transcendental deixando-nos
vinculados somente à matéria. Sem a luz no âmbito
espiritual, teremos sempre nossa mente turva que nos
impede de atingir o raciocínio lúcido que descortinará
horizontes benfazejos para a nossa evolução.
Jesus também disse, segundo Mateus 5:16: “Assim
brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que
está nos céus”. Observemos que essa assertiva somente
ocorrerá se tivermos Jesus como guia e modelo, conforme
temos em O Livro dos Espíritos, questão 625: “Qual
o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem,
para lhe servir de guia e modelo? Resposta: Jesus.
Essa condição é imperiosa e jamais será modificada.
Quando deixamos de praticar o Evangelho que o Mestre nos
legou, estamos permanecendo nessas “trevas” que
desalinham o nosso caminhar a partir do pensamento até
às atitudes que maculam as nossas existências. Nossos
olhos físicos são limitados e o discernimento enraizado
na consciência lúcida é que nos oportunizará a visão
ampla da necessidade de crescimento espiritual.
Atentemos para a centelha divina que adormece em nosso
interior e que precisa eclodir e expandir seu brilho.
Essa luz não trará benefícios só para nós. Ela irradia
por onde andamos e favoreceremos todos aqueles que nos
rodeiam e convivem conosco. Esse esplendor podemos
entender como sendo a reação de um indivíduo que anda
aos tropeços na escuridão e, quando menos espera, o dia
começa a clarear com o Sol iluminando o seu caminho.
Esse exemplo serve para todos nós carentes da Luz Divina
que Jesus nos ofereceu com seu Evangelho, para que
pudéssemos atingir a almejada redenção.
No livro Caminho, Verdade e Vida, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, cap.
180, encontramos: “A angústia de nosso plano procede da
sombra. A escuridão invade os caminhos em todas as
direções. Trevas que nascem da ignorância, da maldade,
da insensatez, envolvendo povos, instituições e pessoas.
Nevoeiros que assaltam consciências, raciocínios e
sentimentos. Em meio da grande noite, é necessário
acendamos nossa luz. Sem isso é impossível encontrar o
caminho da libertação”.
Temos, ainda no livro O Problema do Ser, do Destino e
da Dor, de Léon Denis, pg.126: ”Todas as correntes
do passado se encontram, juntam-se e confundem-se em
cada vida. Contribuem para fazer a alma generosa ou
mesquinha, luminosa ou escura, poderosa ou miserável”.
Essa realidade leva-nos à reflexão e nos dá a certeza de
que tudo que praticamos de forma delituosa,
constrangendo as Leis de Deus, terá obrigatoriamente que
ser reparado. Jesus com a sua misericórdia deixou-nos a
palavra e o exemplo, que se constituem naquilo de que
precisamos para evoluir.
No livro Psicologia do Espírito, de Adenauer
Marcos Ferraz de Novaes, págs. 71 e 74, temos: (...) “O
Espírito evolui reconfigurando-se, capacitando-se a
melhor entender e viver no Universo. Sua evolução
significa capacidade de lidar com o que Deus dispôs.
Necessariamente não significa adquirir grande quantidade
de informações. (...) A ascensão do Espírito à condição
de Espírito Puro é o trabalho de Deus, Sua obra de arte
e Sua ocupação mais bela e grandiosa. Isto posto, não
nos resta outra alternativa para que cheguemos à
plenitude espiritual”.
Abracemos essa dádiva que nos favorece em todos os
momentos de nossas existências, cuja luz que recebemos
desabrocha a centelha adormecida que temos como bênção
do Criador. Disso dependerá a nossa libertação. (Libertação
é fruto da vontade, perseverança, fé e esperança.)
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