O caminho
do Reino de Deus
As pessoas que procuram
a doutrina e se mantêm
tempo suficiente, a
determinada altura,
começam a sentir mais
paz e serenidade. Sua
vida começa a ficar mais
calma por olharem para
esta de uma forma mais
serena.
Não existem dúvidas, que
este caminho em direção
a serenidade é o caminho
em direção ao Reino de
Deus, pelo menos na fase
inicial.
Se já deu conta disto em
si, alguma vez se
perguntou por que está
uma pessoa mais calma? O
que foi buscar ao Centro
Espírita para ficar mais
sereno?
Nós ficamos mais calmos
por abdicarmos ou
desapegarmo-nos de
funcionamentos
turbulentos. Passamos a
dar mais valor à paz do
que a tendências
interiores negativas.
Não ficamos mais calmos
por perceber o
funcionamento do mundo
espiritual, este
entendimento é muito
útil, como ciência, para
ajudarmos outros irmãos
que sofrem de
influências espirituais
e prevenirmo-nos de que
aconteça connosco. Mas
mesmo esta ajuda é
limitada, pois está à
proporção do crescimento
moral de cada um,
incluindo de quem ajuda.
Como funciona o
crescimento moral? Como
funcionou o aumento de
sua paz, através do
Centro Espírita?
Procure compreender esta
última questão e
perceberá como funciona
o crescimento moral.
Kardec fala em
combatermos as nossas
más tendências e Jesus
em desapegarmo-nos dos
desejos da vida. O
Mestre chega ao pondo de
dizer que nos temos de
abandonar e segui-lo.
Esta última afirmação
parece assustadora, como
nos vamos abandonar?
Para o seguirmos temos
de ter o corpo, logo o
abandono é da parte
psíquica, pois, num copo
cheio nada mais cabe.
O nosso caráter, o nosso
feitio, são as nossas
tendências, desejos,
hábitos, ou seja,
formação psíquica. É
daqui que nasce o
orgulho, o egoísmo e
todas as más tendências.
Então, a afirmação de
Kardec, não é diferente
da afirmação de Jesus,
apenas palavras
diferentes.
O que fazemos no Centro
Espírita, para além do
aprendizado da parte
científica, é
incentivarmo-nos uns aos
outros a abandonar as
más tendências. Este
aprendizado vem de uma
forma racional e através
desta torna-se mais
fácil crescer a força
para o desapego às más
tendências.
Sem nos apercebermos, de
forma inconsciente,
vamos colocando em
prática no dia a dia,
por estarmos mais atento
a estes problemas
humanos que pertencem a
orbe psíquica.
A nossa paz e serenidade
nasce desta forma de
estar nova que somos
incentivados a manter em
nós.
Outra das coisas que não
damos conta é que nossa
cabeça, nossa mente,
passa a funcionar mais
lentamente. Passamos ter
uma perceção mais clara
do que acontece e estar
mais atentos ao que
surge em nós. Damos mais
valor a paz e
procuramos,
inconscientemente, uma
forma mais serena de
viver.
O Vigiai que o Mestre
nos aconselhou, ainda em
um nível superficial,
por não ser consciente,
mas já em funcionamento.
Kardec, que compilou a
Doutrina Espírita,
preocupou-se mais com a
parte Cientifica, por
ter consciência que na
parte moral, o Evangelho
de Cristo, é órgão
máximo.
Temos dificuldade em
atingir os ensinamentos
de Cristo, por não serem
palavras a decorar, mas
uma indicação a um modo
de vida manso, pacifico
e cheio de amor.
Se analisarmos de forma
correta o que acontece
connosco, como resultado
de frequentar o Centro
Espírita, percebemos que
passamos a ser seres
mais calmo.
O esforço a que somos
incentivados a ter em
nós próprios, através
dos Centros, de combater
as más tendências, é o
caminho moral do
Evangelho.
Podemos perceber na
prática, que ao
travarmos as más
tendências que nascem no
pensamento, podemos
permanecer na paz e na
serenidade.
Tudo isto acontece
dentro de nós, no que
chamamos de psique. Esta
Psique é onde acontecem
os movimentos mentais, a
construção do caráter
através dos hábitos,
desejos e vontades. Se
considerarmos que somos
o nosso caráter, esta
personagem, no meu caso,
o Bruno, pois na
Doutrina Espírita
sabemos que não somos o
corpo físico, então
somos esta parte do ser.
Logicamente, podemos
perceber que o caráter
também vai alterando ao
longo da vida e que
quando este está parado,
quando a mente está em
silencio, não deixamos
de existir, logo, o
caráter é uma construção
terrena após o ser
principal.
É das primeiras, pois a
maioria deste se mantêm
no inconsciente e nós
agimos a partir deste
centro, mas não deixa de
ser uma formação mental,
posterior ao ser que
percebemos em silêncio.
Nós temos ideia de que o
silêncio é um desejo do
ser terreno, mas se o
analisarmos
profundamente, o
verdadeiro silencio
acontece por não existir
qualquer movimento da
mente.
Quando estamos em paz e
em silencio mental,
passamos para além do
caráter, das formações
mentais, podemos
perceber que naquele
segundo presente, somos
puro amor e paz.
Se o Reino de Deus está
dentro de nós, este é o
caminho.
Todas as más tendências
nascem através do
pensamento, após o
caráter ou Eu, o chamado
de Ego pela Psicologia.
Ao termos consciência de
que a Paz aparece
naturalmente, pelo
desapego dos impulsos
mentais das más
tendências, por
deixarmos de ser
escravos de um movimento
mental que nos tem
passado despercebido,
passamos a dar mais
força a este
funcionamento da
atenção. Sabemos o
caminho do crescimento
moral, sabemos onde
aparecem as más
tendências, percebemos o
esforço da atenção que
temos de empregar minuto
a minuto, pois a
desatenção é a queda do
ser nas ilusões e
problemas terrenos.
Vigiai e orai, este
conselho do Mestre
resume toda a ideia em
duas sábias palavras.
Percebam de como e de
onde nasce a vossa paz,
quando a têm, e percebam
de onde nasce a vossa
tribulação e conflitos,
quando os tem. Esta
consciência vos levará a
uma paz mais duradora e
a felicidade, a estarem
a caminho do Reino se
Deus.
A paz e a felicidade
aqui é a paz e a
felicidade no mundo
espiritual.
O
autor reside em Lisboa,
Portugal.
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