Tema: Boa sintonia; servir a Deus
A sopa
Era fim de tarde e Cláudia estava na cozinha, preparando
o jantar para sua família.
Cláudia era uma boa pessoa. Procurava dedicar-se ao bem
e a seguir os ensinamentos que vinha aprendendo no
centro espírita que ela frequentava, onde se estudava o
evangelho de Jesus e os ensinamentos da doutrina
espírita.
Ela separou alguns ingredientes, enquanto pensava, com
gratidão: “Que bênção, meu Deus! Mais um dia de paz e de
trabalho, cumprindo meus deveres. Que bênção agora poder
preparar os alimentos para minha família! Vamos comer e
terminar bem o dia, graças a Deus!”
De repente, em sua mente, veio, bem claramente, um
pensamento que dizia: “Faça também uma sopa e leve para
a dona Maria”.
Dona Maria era a vizinha que morava na casa ao lado. Uma
senhora muito querida, sempre simpática e sorridente.
Ela e Cláudia tinham uma convivência de muitos anos.
Conheciam a família uma da outra, embora dona Maria, já
havia algum tempo, morasse sozinha, desde que tinha
ficado viúva.
Cláudia gostava muito da amiga, mas estranhou aquela
ideia: “Não tem por que eu fazer sopa para dona Maria. O
tempo nem está frio”.
Cláudia continuou no preparo dos alimentos e dali a
pouco novamente pensou: “Posso fazer uma sopa,
rapidinho, e levar para a Dona Maria”.
Mas, mais uma vez Cláudia rejeitou a ideia: “Dona Maria
vai estranhar se eu bater na porta dela, oferecendo uma
simples sopa. Quando eu fizer pudim, ou bolo com glacê,
eu levo um pedaço para ela”.
Cláudia continuou trabalhando na cozinha, mas aquele
pensamento de fazer a sopa e levar para a vizinha ainda
voltava em sua mente, até que ela reconsiderou: “Dona
Maria não vai se incomodar de receber minha sopa, não.
Somos amigas! Quando eu fizer algo mais saboroso, eu
levo também!”
Cláudia fez a sopa, colocou numa travessa com tampa,
enrolou tudo num pano e tocou a campainha da casa da
vizinha.
Depois de alguns minutos, sem resposta, Cláudia já
estava pensando que dona Maria não estava em casa. Foi
então, que a amiga apareceu, abrindo a porta lentamente.
Dona Maria estava abatida. Disse para Cláudia que estava
muito resfriada.
Cláudia, com carinho, explicou, então, que tinha acabado
de fazer o jantar e perguntou se a amiga gostaria de
tomar um pouco de sopa.
Dona Maria pegou a travessa quentinha, abriu um enorme
sorriso e disse:
— Cláudia, minha querida, foi Deus quem a mandou aqui.
Por estar resfriada e muito indisposta, eu não preparei
nada para comer. Estava preferindo ir dormir sem jantar,
de tão cansada que estou. Essa sopa, quentinha e
cheirosa, é tudo de que eu precisava agora. Que delícia!
Muito obrigada! Que Deus lhe pague!
Cláudia se despediu da amiga, dizendo que ela podia
chamá-la caso precisasse de qualquer coisa e
desejando-lhe uma boa noite.
Quando voltou para casa, Cláudia sentiu-se muito feliz
por ter atendido à intuição de preparar e levar a sopa
para a vizinha. Com esse pequeno gesto, ela conseguiu
não só alimentá-la, mas também transmitir-lhe seu
carinho.
Ela agradeceu mentalmente ao bom espírito que lhe
sugeriu essa ação. E agradeceu também a Deus por ter
podido ajudar dona Maria, numa hora em que ela estava
precisando.
Cultivando bons pensamentos e boas atitude, nos mantemos
em sintonia com os mensageiros de Deus e assim podemos
ser guiados a fazer o bem e sermos também, como
pudermos, instrumentos de Deus.