Motivos para socorro
aos maus
“…e orai pelos que vos perseguem.” —
Jesus (Mateus, 5:44.)
Todos aqueles Espíritos interpretados como [sendo] maus
são irmãos nossos — criaturas do Criador, quanto nós
mesmos — credores de auxílio e consideração.
A maldade, em muitos casos, provém da ignorância que
compele o ser a comportamento infeliz, reclamando
assistência educativa.
Às vezes a crueldade não é senão doença catalogável na
patologia da mente, agravada, em muitas ocasiões, por
influência obsessiva solicitando ajuda curativa ao invés
de punição.
Muitos criminosos são companheiros que não resistiram às
tentações trazidas de existências passadas, incursos em
faltas das quais somos passíveis em nossa atual posição
de consciências endividadas perante a Lei.
O malfeitor no cárcere ou em cumprimento da pena que lhe
foi cominada é semelhante ao enfermo no hospital ou em
tratamento adequado, requerendo compreensão e apoio
fraterno.
Ninguém experimenta alegria ante as vítimas do mal, como
ninguém sente prazer diante do vizinho que a moléstia
perturba, mas, assim como o doente do corpo exige
medicação, o doente da alma requisita socorro.
Tanto quanto não será possível prever a extensão do
incêndio sem medidas que o combatam, ninguém pode
acautelar-se do alastramento do mal sem a colaboração do
bem que o elimine.
Quando a pessoa conhece as próprias responsabilidades e
pratica o mal mesmo assim, entreguemo-la a si mesma,
convencidos de que essa pessoa carregará no
subconsciente a dor da culpa até que se liberte, pelo
sofrimento, da sombra em que se envolveu.
Situemo-nos em lugar dos nossos irmãos caídos e
verificaremos que eles precisam muito mais de
assistência que de censura.
Quando as circunstâncias nos impeçam o abraço fraternal
imediato aos que nos feriram, não nos esqueçamos de que,
ainda assim, ser-nos-á possível auxiliá-los sempre
através da oração.
Do livro Bênção de paz, mensagem
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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