Na hora da queda
Quando a máquina apresentou desajustes, o operário não
lhe derriçou o martelo. Consertou-a.
Quando a embarcação mostrou brecha perigosa, o timoneiro
não se lembrou de afundá-la. Socorreu-a.
Quando a plantação foi invadida de praga, o cultivador
não a largou em abandono. Ofereceu-lhe recursos à
defensiva.
Quando o fogo lavrou no aposento, o chefe do lar não
espalhou gasolina para que se completasse a destruição
do edifício. Mobilizou extintores de incêndio.
Se o aprendiz tropeça no estudo, o professor não o
expulsa da escola. Desdobra-se, nos processos de emenda.
Se o acidentado exibe mutilações, o médico não lhe
sacrifica o resto do corpo. Dá-lhe o apoio possível.
Isso acontece na esfera das ações comuns.
Recorda a importância de nossa atitude no campo do
Espírito.
Se te reconheces por irmão do próximo, ao sabê-lo caído
em falta, não lhe agraves o sofrimento atirando-lhe
golpes de sarcasmo ou farpas de censura.
Amparemo-lo para que se levante, qual se o erro nos
pertencesse. Isso porque precisamos considerar que, numa
casa de devedores, qual a Terra, em que respiramos e
agimos à procura de libertação e melhoria, burilamento e
evolução, todos temos, encarnados e desencarnados,
contas a solver e compromissos a resgatar.
Em matéria de auxílio, se hoje é para nós o dia de dar,
amanhã, provavelmente, se nos fará o dia de receber.
Do livro Tocando o barco, mensagem
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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