Elucidações de Emmanuel

por Francisco Cândido Xavier

  

Na hora da queda


Quando a máquina apresentou desajustes, o operário não lhe derriçou o martelo. Consertou-a.

Quando a embarcação mostrou brecha perigosa, o timoneiro não se lembrou de afundá-la. Socorreu-a.

Quando a plantação foi invadida de praga, o cultivador não a largou em abandono. Ofereceu-lhe recursos à defensiva.

Quando o fogo lavrou no aposento, o chefe do lar não espalhou gasolina para que se completasse a destruição do edifício. Mobilizou extintores de incêndio.

Se o aprendiz tropeça no estudo, o professor não o expulsa da escola. Desdobra-se, nos processos de emenda.

Se o acidentado exibe mutilações, o médico não lhe sacrifica o resto do corpo. Dá-lhe o apoio possível.

Isso acontece na esfera das ações comuns.

Recorda a importância de nossa atitude no campo do Espírito.

Se te reconheces por irmão do próximo, ao sabê-lo caído em falta, não lhe agraves o sofrimento atirando-lhe golpes de sarcasmo ou farpas de censura.

Amparemo-lo para que se levante, qual se o erro nos pertencesse. Isso porque precisamos considerar que, numa casa de devedores, qual a Terra, em que respiramos e agimos à procura de libertação e melhoria, burilamento e evolução, todos temos, encarnados e desencarnados, contas a solver e compromissos a resgatar.

Em matéria de auxílio, se hoje é para nós o dia de dar, amanhã, provavelmente, se nos fará o dia de receber.

 

Do livro Tocando o barco, mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita