Joias da poesia
contemporânea

Autoria: Alphonsus de Guimarães

 

Versos


Também eu, caminheiro ao fim do dia,

Demandei, no crepúsculo de opala,

O Além, onde outra vida despetala,

O cinamomo eterno da harmonia!…

 

Mas do mundo, da lágrima sombria

Guardo a flor da saudade e ao desfolhá-la

Sinto o mesmo perfume que trescala

Num misto de amargura e de alegria!

 

Amados! que a minh’alma vos exorte.

Meu verso, agora, é a mística da morte,

Sino de catedral radiosa e imensa!…

 

Como outrora, ante os hinos e ante as palmas,

Rogo a Deus que conceda às vossas almas

Os tesouros puríssimos da crença.

 

Do livro Mandato de amor, soneto psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita