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por Waldenir A. Cuin

 

Carregar a nossa cruz

 

"Ele salvou a muito e a si mesmo não pode salvar-se." (Mateus, 27:42.)

 

Observando, historicamente, a trajetória de Jesus pelo mundo, através da ótica terrena, identificamos imenso fracasso do Mestre, pois que acabara condenado pelas autoridades da época à pena de morte, tendo sido crucificado publicamente.

No entanto, afirmara o próprio Cristo: " Eu venci o mundo" (Jesus-João, 16:33), deixando bem nítido que ele havia cumprido integralmente a sua valiosa e indispensável missão; a de trazer o evangelho aos homens, apresentando a humanidade um novo e promissor roteiro de vida, que se devidamente seguido, será capaz de assegurar a paz e a felicidade a cada criatura.

 Em realidade, somos espíritos eternos e temos como proposta definitiva chegar à perfeição, e, para tanto o foco de nossas vitórias deverá ser direcionado para as conquistas de valores íntimos, morais, esses que nos assegurarão maturidade espiritual e plena conscientização das nossas reais finalidades na vida.

Muitos vencem no mundo, mas acabam derrotados espiritualmente. Conhecem a glória, a fama, o prestígio, o poder, a fortuna no convívio social onde se situam, mas intimamente, carregam vulcões de sofrimento e ardem em labaredas de torturas e confusões mentais, dentro de um contexto de inenarráveis perturbações.

"Vencer no mundo" é bem diferente de "vencer o mundo". Na primeira situação encontramos vitórias materiais, aqui na Terra, na segunda, nós as temos espiritualmente. E como a nossa verdadeira vida é a espiritual, pois que a permanência na Terra é curta e passageira, não temos dificuldades em concluir para qual direção precisamos apontar o rumo das nossas ações, procedimentos e atitudes.

Obviamente, ninguém está impedido de desfrutar uma vida material de conforto e comodidade, tendo obtido recurso para isso com honestidade, o equívoco se dá quando menosprezamos os valores espirituais, pois que esses são definitivos, eternos, enquanto os materiais são efêmeros e passageiros. Mas sempre que utilizamos os recursos da matéria dentro de um contexto de equilíbrio eles nos ajudarão a progredir espiritualmente.

Na vida tudo é uma questão de bom senso e maturidade.  Com tantas informações na atualidade, não podemos ignorar o que somos, de onde viemos e para onde vamos. Somente tendo uma ampla consciência de eternidade é que teremos plenas possibilidades de traçar metas e objetivos que nos garantirão progresso e prosperidade reais.

Assim, no mínimo, utilizemos as mesmas forças, o mesmo ímpeto e os mesmos interesses que declinamos às buscas materiais, também às conquistas espirituais, para que não nos mergulhemos mais tarde nas águas turvas do arrependimento e do remorso.

Estudemos, com afinco e zelo, as ciências terrenas, buscando o máximo de conhecimento nas escolas, livros e compêndios, mas não olvidemos a necessidade de conhecermos, detalhadamente, as ciências espirituais, pois que somos compostos de duas naturezas; a física e a espiritual, e, o equilíbrio da nossa vida somente o alcançaremos, integralmente, quando essas duas naturezas estiverem devidamente ajustadas.

Sendo Jesus Cristo o modelo a ser seguido, aprendamos com ele a também vencer o mundo, superando os defeitos que ainda insistem em nos fazer infelizes e adquirindo as virtudes que nos elevarão a patamares de bem-estar e tranquilidade.

Reflitamos...


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita