Joias da poesia
contemporânea

Autoria: Antônio Serra

 

Saudade


À minha mãe

 

Quantas cidades vi! Pelas estradas,

Pensava em ti, de caminho em caminho!

Ansiava chegar ao nosso ninho

Para beijar-te, enfim, as mãos cansadas…


Voltava ao nosso sítio sem vizinho,

Onde fazia as minhas traquinadas,

Sem esquecer-te as preces de carinho,

Que tenho na memória resguardadas.


Tudo passou… O tempo corre e avança.

Apenas teu amor me domina a lembrança…

Teus canteiros de flores, onde estão?


Vives no alto Além… Estás, porém, comigo!

Quero rever-te em nosso lar antigo

Na saudade sem fim do coração!


Do livro 
Cartas do Alto, poema recebido psicofonicamente por Francisco Cândido Xavier.

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita