Saudade
À minha mãe
Quantas cidades vi! Pelas estradas,
Pensava em ti, de caminho em caminho!
Ansiava chegar ao nosso ninho
Para beijar-te, enfim, as mãos cansadas…
Voltava ao nosso sítio sem vizinho,
Onde fazia as minhas traquinadas,
Sem esquecer-te as preces de carinho,
Que tenho na memória resguardadas.
Tudo passou… O tempo corre e avança.
Apenas teu amor me domina a lembrança…
Teus canteiros de flores, onde estão?
Vives no alto Além… Estás, porém, comigo!
Quero rever-te em nosso lar antigo
Na saudade sem fim do coração!
Do livro Cartas
do Alto, poema
recebido psicofonicamente por Francisco Cândido Xavier.