Gravação das reuniões
O centro espírita que você frequenta ou coordena costuma
gravar as reuniões de trabalho?
Acompanho, como um apreciador de biografias e histórias,
como é complicado remontar os fatos mais antigos para
chegar à compreensão de como foi a vida de determinado
indivíduo e da sociedade em que ele estava inserido. Há
várias nuances que são complicadores para que se
construam, fielmente, os fatos vividos outrora.
Vejam em nosso movimento espírita atualmente, em que
estamos tendo acessos a informações mais detalhadas de
como foi a construção do Espiritismo e a vida daqueles
primeiros espíritas. Tudo isso porque há, como dito,
algumas barreiras. As traduções são desafios, o contexto
da época, idem. O que dizer, então, das motivações de
quem escreve um determinado texto, pois que a depender
do seu ponto de vista pode colocar fermento em alguns
fatos, inventar outros e, ainda, ocultar os que não lhe
convêm.
O ponto é que antigamente era, mesmo, mais complicado
deixar registros fidedignos porque, bem o sabemos, as
condições tecnológicas eram bem outras. Tudo muito
difícil. Para alguém, como eu, que teve a oportunidade
de viver épocas de parcos recursos tecnológicos, não é
muito complicado olhar o ontem e ver que o hoje é muito
mais propício para registros históricos. As gerações
futuras terão um imenso material para constatarem,
exatamente, como vivíamos em 2024.
Pois bem, tudo isso foi para tocar num ponto que
considero de extrema importância para nosso movimento
espírita e as futuras gerações. Aliás, vale ressaltar o
empenho de alguns amigos do movimento espírita que vêm
produzindo belo material de resgate histórico. Um
esforço louvável de refrescar nossa memória além de
fornecer elementos para um pouco mais de otimismo diante
da vida, pois que resgatar esses grandes personagens do
Espiritismo é trabalhar a esperança, o amor e a
divulgação da imortalidade da alma.
Tenho visitado, ao longo dos anos, diversos centros
espíritas e, por isso, colhido experiências
interessantes e passado para outras casas e colegas
espíritas, numa espécie de benchmarking entre as
instituições.
Algo que tenho visto e digno de registro são os colegas
que gravam os trabalhos, sejam reuniões mediúnicas ou
mesmo os trabalhos de cura espiritual. Essas gravações
proporcionam uma memória histórica e metodológica para
as instituições, conforme já foi lembrado acima.
Costumo perguntar aos colegas: O centro espírita que
você frequenta grava as reuniões mediúnicas ou outros
trabalhos? Caso não, pense na possibilidade de gravar
para posterior estudo e instrução.
Um outro ponto, este já surgiu em conversa com colegas
num grupo de estudos, é instituir a figura do secretário
das atividades, ou seja, um indivíduo (ou equipe) que
estará acompanhando os trabalhos, todos os que forem
possíveis de acompanhar, para, então, gerar relatórios,
estudos, reflexões e pesquisas acerca do que foi
trabalhado.
Penso que essas inclusões nas atividades do centro
espírita serão importantes e gerarão farto material para
instrução e progresso dos indivíduos e,
consequentemente, das instituições, além, é claro, de
dar a justa homenagem a quem ajudou a escrever uma bela
página da história do Espiritismo.
Vale a pena pensar nisso e implantar nas instituições.
Que acham?