Vida e futuro
Se o mundo não estivesse aguardando profissionais
competentes e dignos do progresso, não se entenderia o
esforço da escola.
Para que professores e pesquisas, disciplinas e
exercícios se não houvesse o futuro?
De certo modo, sucede o mesmo com a Vida no Plano Físico
e na Vida Além Morte.
Reconhecendo-se que a Espiritualidade superior espera
criaturas habilitadas a concurso efetivo na construção
do Mundo Melhor, observa-se claramente o imperativo de
tribulações e dificuldades, problemas e conflitos nas
áreas do homem, ante a função da existência terrestre
como recurso de aperfeiçoamento.
É por isso que nós outros — os amigos desencarnados, —
volvemos ao intercâmbio espiritual, a fim de solicitar
paciência e coragem aos irmãos corporificados na Terra.
Se te vês engajado numa tarefa que se te afigure
superior às próprias forças, suporta com serenidade os
deveres que te cabem, evitando reclamações e queixas que
simplesmente se te fariam mais espinhoso o caminho a
percorrer.
Se convives com familiares doentes ou perturbados,
abençoa-os e assiste-os com bondade e tolerância,
indagando de ti mesmo se não estarás ao lado daqueles
mesmos irmãos que, em estâncias do pretérito, terás
talvez atirado às sombras da doença e do desequilíbrio.
Se carregas compromissos que te parecem excessivamente
pesados e que tomaste sem lhes sopesar as consequências,
permanece neles sem rebeldia, para que não te
responsabilizes por lesões e prejuízos no coração dos
outros.
Se sofres num corpo enfermiço ou se adquiriste moléstias
ou inibições dificilmente reversíveis, suporta com calma
semelhantes constrangimentos, procurando reconhecer que
te encontras nos resultados de tuas próprias escolhas,
em passadas reencarnações.
Em qualquer prova, na qual, porventura, te encontres,
arma-te de paciência e coragem e não abandones as
obrigações que te competem.
Certifica-te de que o suicídio é sempre calamidade
contra quem o executa.
A morte, como aniquilamento do ser, não existe. E a vida
hoje para cada criatura será amanhã a continuidade dessa
mesma vida com tudo aquilo que a criatura faça de si.
Do livro Atenção, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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