Joias da poesia
contemporânea

Autoria: Guerra Junqueiro

 

No banquete fraterno


Paira no mundo atual a sombra espessa e imensa!

Levantai, meus irmãos, o eterno altar da crença

Amparando a alma humana, ao pé do sorvedouro…

A febre da ambição que faz a fome do ouro

 

Cose sinistramente a fúnebre mortalha

Que conduz as nações ao campo de batalha!…

Na última inquietação se agita o mundo velho,

Antes do alvorecer das luzes do Evangelho.

 

Operários do Bem, apóstolos da Luz

Que buscais cultivar a seara de Jesus,

Revivei, revivei o espírito cristão.

Nunca vos esqueçais da Galileia alpestre,

Aprendendo a humildade e a mansidão do Mestre!…

 

No banquete fraterno, em cada novo dia,

Seja a luz do Senhor a doce Eucaristia,

Que vos nutra de amor, que vos salve e conforte

Desde as sombras da Terra, às verdades da morte!

 

Se há de cair do mundo um aluvião de escombros

Ponde a cruz do trabalho e da prova nos ombros,

Porque a mão do Senhor, nos tempos que hão de vir,

Vai colher do trigal o bom grão do porvir.


Do livro Mandato de amor, poema psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita