No banquete fraterno
Paira no mundo atual a sombra espessa e imensa!
Levantai, meus irmãos, o eterno altar da crença
Amparando a alma humana, ao pé do sorvedouro…
A febre da ambição que faz a fome do ouro
Cose sinistramente a fúnebre mortalha
Que conduz as nações ao campo de batalha!…
Na última inquietação se agita o mundo velho,
Antes do alvorecer das luzes do Evangelho.
Operários do Bem, apóstolos da Luz
Que buscais cultivar a seara de Jesus,
Revivei, revivei o espírito cristão.
Nunca vos esqueçais da Galileia alpestre,
Aprendendo a humildade e a mansidão do Mestre!…
No banquete fraterno, em cada novo dia,
Seja a luz do Senhor a doce Eucaristia,
Que vos nutra de amor, que vos salve e conforte
Desde as sombras da Terra, às verdades da morte!
Se há de cair do mundo um aluvião de escombros
Ponde a cruz do trabalho e da prova nos ombros,
Porque a mão do Senhor, nos tempos que hão de vir,
Vai colher do trigal o bom grão do porvir.
Do livro Mandato de amor, poema psicografado pelo
médium Francisco Cândido Xavier.