Joias da poesia
contemporânea

Autoria: Casimiro Cunha

 

O réu da cruz

 

Em meio às perseguições

Da noite fria e sem luz,

Meus amigos do Evangelho,

Lembrai-vos do Réu da Cruz.

 

Sem que alguém lhe concedesse

O canto amigo de um lar,

Nasceu numa estrebaria

Por servir e por amar.

 

Desde a infância humilde e pobre

Na casa de Nazaré,

Trabalhava todo o dia

Entre os formões de José.

 

Ele, o Príncipe da Luz,

Caminho, Vida e Verdade,

Fez-se escravo pequenino

No serviço à humanidade.

 

Foi Messias generoso

Da bondade e do perdão,

Trazendo ao mundo oprimido

A grande renovação.

 

Serviu aos ricos e aos pobres,

Ao infeliz, ao sofredor,

Devotou-se a toda gente

Em sua missão de amor.

 

Revelou a paz do Reino

Da verdade e da Bonança,

Fez brilhar na Terra escura

Novo lume de esperança.

 

À cegueira dos caminhos

Trouxe a luz pura e imortal,

Pelo Evangelho da Vida

Curou a lepra do mal.

 

Expulsou a treva espessa,

Viveu a bondade imensa,

Trouxe a bênção da fé viva,

Trabalhou sem recompensa.

 

Mas, em troca dos tesouros

De sua abnegação,

Recebeu pedras e espinhos

De dor e incompreensão.

 

Foi traído e processado,

Encarcerado e ferido,

Ele, o Mestre da Verdade,

Foi o grande escarnecido.

…………………………

 

Se também sois humilhados,

Lembrai-vos d’Aquele Réu,

Que foi à cruz pelo crime

De abrir a visão do Céu.


 

Do livro Coletânea do Além, poema psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita