O grande problema do mundo moderno
Amigos, que a paz do Senhor fortifique os vossos
corações.
As nossas horas de prece, temo-las dedicado aos
sofredores do corpo e do Espírito, necessitados do vosso
concurso fraterno.
Mas, não me esquivo, nesta noite, a estas ligeiras
palavras, testemunhando-vos a nossa participação
espiritual pelo caráter educativo que vêm assumindo
todas as reuniões.
O grande problema do mundo moderno resume-se na
educação.
As trevas da ignorância, no capítulo da espiritualidade,
têm conduzido os homens da atualidade aos profundos
desequilíbrios que se verificam hodiernamente, entre a
evolução material e moral do globo.
Materialmente falando, o homem científico ergue-se do
fundo dos mares aos voos de estudo na estratosfera.
Espiritualmente, contudo, o homem moral guarda quase a
mesma mentalidade de há dois mil anos, em se verificando
os pródromos do Cristianismo, cuja finalidade era
reformar os departamentos de todas as atividades
políticas e sociais das criaturas terrestres.
Ditaduras cruéis são instaladas no banquete do
capitalismo internacional, na ânsia de conter as
claridades que desabrocham para o mundo novo.
Porque, se Jesus nos afirmava sobre a morte do mundo,
não se referia às suas transformações físicas, e sim aos
tempos novos, à transformação do mundo moral, como
expressão de uma era nova, ao fim dos tempos assinalados
nas Suas Lições Divinas.
Os homens se recolhem agora, nos polos antagônicos dos
extremismos, para a última batalha do pensamento.
Não se verificará mais a guerra pátria, mas a luta dos
princípios pelo advento da justiça econômica.
Esse estado caótico, em que vão se subvertendo todas as
conquistas da civilização do Ocidente, tem suas origens
na ausência de educação espiritual no coração das
criaturas.
A Igreja Católica, chamada no planeta para essa grande
tarefa, falhou aos seus compromissos. Os homens
desarvorados perdem-se no abismo das cogitações inúteis,
em vista da ausência da necessária e imprescindível base
moral, para a organização e evolução dos seus destinos.
E, enquanto os ditadores avançam com as suas trombetas
da morte, o tinido das armas inunda de expectativas
angustiosas o coração do mundo.
E as claridades do Invisível tocam as almas,
sustentando, nessa época de transições amargas e
dolorosas, o nosso trabalho.
E somente dentro deste trabalho da educação é que
poderemos reerguer a humanidade para os seus altos
destinos.
Do livro Brilhantes no
caminho, obra psicografada pelo médium Francisco
Cândido Xavier.
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