No que se refere ao trabalho excessivo e às aflições, o
benfeitor Emmanuel disse a Chico Xavier que “Deus cria a
vida e o homem cria a existência que se lhe faz
particular, dentro da própria vida”.
Comentário feito pelo médium: ”Em matéria de trabalho misturado
com aflição que nos caracteriza, hoje, as experiências na Terra,
apesar de reconhecermos a irreversibilidade do progresso,
admitimos que o assunto pertence a nós mesmos, ao gênero e
ambiente de vivências escolhidas por nós”.
Em outra ocasião, foi-lhe perguntado se após o desencarne físico
as pessoas continuam apegadas ao exercício da mesma profissão
que tiveram quando na Terra? Chico citou três casos: Érico
Veríssimo na literatura, Di Cavalcanti nas artes plásticas, e
Villa Lobos na música. “Toda profissão que se integra no bem da
comunidade é uma oportunidade de aperfeiçoar os dons divinos que
brilham potencialmente em todas as criaturas. Creio que além da
morte física todos encontraremos múltiplos interesses pela nossa
própria evolução, fora da Terra, mas em nos comunicando na
Terra, que deixamos na retaguarda, não seríamos identificados
por amigos e contemporâneos se nos mostrássemos indiferentes ou
totalmente esquecidos do trabalho profissional, respeitável e
digno, em que marcamos a nossa passagem e a nossa existência
entre os homens.”
Do livro Lições de Sabedoria, de
Marlene Rossi Severino Nobre.
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