Entrevista

por Orson Peter Carrara

A arte musical usada na evangelização de jovens


 
Natural de Borda da Mata (MG) e residente em Pouso Alegre (MG), Juliana de Cássia Silva (foto) é formada em Engenharia Química, mas atua profissionalmente no ramo de show business como cantora, administrando também uma empresa de suplementação. Ligada ao Grupo Fraternidade Espírita Irmão Alexandre, onde reside, atua como evangelizadora da mocidade espírita. Entrevistamo-la sobre sua vivência.

 

Como conheceu o Espiritismo?

Sempre fui muito sensitiva e gostava de ouvir sobre a doutrina. Criada em Igreja Católica, chegou um momento em minha vida que não encontrava respostas para os questionamentos que eu tinha. Foi quando conheci meu esposo, Rodolfo, há 14 anos, que iniciei com mais profundidade os estudos da Doutrina e, a cada dia que passa, amo mais ainda fazer parte desse movimento tão saudável e educativo. (*)

O que mais lhe chama a atenção?

A junção de Ciência, Espiritualidade e Filosofia... e a Fé Raciocinada,

Como começou seu envolvimento com a evangelização da mocidade?

Participávamos dos estudos da casa e fomos “intimados”, num verdadeiro desafio, mas algo muito gratificante para mim.

Como analisa os desafios atuais de jovens e adolescentes?

O maior desafio é lidar com as distrações e se manter focado com tanta informação na palma da mão.

Quais as dinâmicas que dão mais certo nesta faixa etária?

Eles gostam muito do formato QUIZ e também de debates.

Quais os questionamentos que se destacam entre eles?

Polarização política, aborto, homossexualidade – estes são os temas que mais procuram entender. 

Sendo cantora, você utiliza na evangelização esse recurso? Eles reagem bem ao uso da música?

Rodolfo e eu montamos um grupo musical com alguns membros da juventude e nos apresentamos em algumas ocasiões. Eu também canto na ambientação das crianças e jovens, antes da aula. Os jovens gostam muito de saber que sou cantora. Desde que me conheço por gente, sempre gostei de cantar e atuar, na escola inclusive. Com 12 anos fui fazer parte de um coral da igreja e depois comecei a frequentar grupos da Renovação Carismática Católica, nos quais eu cantava... E assim, as coisas foram-se encaminhando!

Você percebe que o Espiritismo conquista os jovens?

Sim, pois eles sentem muita lógica na explicação da doutrina, o que os faz refletir e querer sempre saber mais.

O que falta às instituições para conquistar mais público jovem?

Falta fazer o MOVIMENTO.... e torná-lo mais dinâmico, seja inserindo música, teatro e dando voz e incentivo à juventude para iniciar os trabalhos da Evangelização.

Alguma lembrança marcante?

Os teatros que apresentamos todos os anos com o envolvimento das crianças, jovens e também os pais dos evangelizandos, é um momento bem marcante para mim.

Suas palavras finais.

Sou muito feliz e realizada em poder contribuir, com o pouco que sei, para a evolução de Espíritos que farão o nosso futuro.

 

(*) O leitor pode ler a entrevista que fizemos com Rodolfo Guilherme da Silva, cônjuge de nossa entrevistada, publicada na edição 904, de 5 de janeiro de 2025. Para acessá-la clique aqui: Entrevista 904

 
 

 

     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita